Os resultados definitivos da sessão indicam que os índices Nasdaq (+1,39%) e S&P 500 (+1,14%) atingiram novos máximos, com 21.6681,90 e 6.445,76 pontos, respetivamente. O índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 1,10%.
"O mercado está a respirar de alívio" desde a divulgação do índice de preços no consumidor (IPC), destacou à agência de notícias France-Presse (AFP) Angelo Kourkafas, da Edward Jones, acrescentando "que o tão temido impacto das tarifas foi menos evidente nos números de julho do que nos de junho".
No mês passado, o IPC subiu ao mesmo ritmo de junho (+2,7% em termos homólogos), contido pela descida do custo do petróleo (-9,5% em termos homólogos).
Ao longo do mês, o índice chegou a abrandar, para +0,2%, depois de +0,3% em junho, em linha com as expectativas dos analistas, de acordo com o consenso das previsões feito pela MarketWatch.
Este relatório "reforça a ideia de que as tarifas ainda não causaram inflação significativa" para os norte-americanos, apontou Jose Torres, da Interactive Brokers.
Como resultado, "nada parece impedir a Fed de cortar as taxas de juro em setembro" na próxima reunião de política monetária, defendeu Angelo Kourkafas.
Esta opinião é amplamente partilhada entre os analistas, a maioria dos quais acredita que o banco central dos EUA vai reduzir as taxas diretoras em 0,25 pontos percentuais no final do verão (no hemisfério norte).
Embora vários dados económicos atentamente observados, como a inflação dos preços no produtor (IPP) e as vendas a retalho, ainda devam ser divulgados esta semana, "o IPC de hoje é realmente o tipo de dados-chave que os investidores esperavam para confirmar ou refutar estas expectativas de corte de juros", garantiu Kourkafas.
O mercado norte-americano também está otimista com a extensão de 90 dias da trégua comercial entre Washington e Pequim.
No mercado obrigacionista, o rendimento dos títulos do governo norte-americano a 10 anos manteve-se estável em relação ao dia anterior, em 4,28%.
Na bolsa, a empresa norte-americana de semicondutores e processadores Intel (subida de 6,62%, para 21,81 dólares) beneficiou da reunião entre o novo CEO do grupo, Lip-Bu Tan, e o Presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, na segunda-feira.
"Foi muito interessante", declarou Trump na sua rede social Truth Social, elogiando também o "incrível sucesso" e a ascensão do CEO da Intel, poucos dias depois de ter pedido a demissão de Tan e de ter levantado suspeitas sobre alegados laços com a China.
A Circle, criadora da criptomoeda USDC, foi alvo de procura (subida de 1,27%, para 163,21 dólares) depois de ter reportado uma receita acima do esperado.
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