Lagarde prevê desaceleração da zona euro e alerta para incerteza com tarifas

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, apontou hoje que a atividade económica da zona do euro deverá perder força no terceiro trimestre, alertando também para a incerteza à volta das tarifas e o seu impacto.

11 April 2024, Hesse, Frankfurt/Main: Christine Lagarde, President of the European Central Bank (ECB), speaks at the ECB headquarters during the press conference. At their regular meeting, Europe's top monetary authorities decided to leave the key interes

© Getty Images

Lusa
20/08/2025 15:42 ‧ ontem por Lusa

Economia

Christine Lagarde

O crescimento do bloco europeu será impactado pela adoção de tarifas e pela normalização dos fluxos comerciais após as medidas pré-tarifárias implementadas nos primeiros meses do ano.

 

"Espera-se que o crescimento desacelere no terceiro trimestre, à medida que esta antecipação se vai diluindo", alertou Lagarde durante a participação no Conselho Empresarial Internacional do Fórum Económico Mundial, em Genebra.

A líder do BCE observou que o recente acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos impõe tarifas mais altas sobre produtos da zona do euro em comparação com a situação anterior a abril.

Nesse sentido, a presidente do BCE enfatizou que o acordo comercial com os EUA estabelece uma tarifa efetiva média estimada entre 12% e 16% para as importações americanas de produtos da zona do euro, o que é ligeiramente superior, embora próximo, às premissas utilizadas pelo BCE nas suas projeções.

"O resultado do acordo comercial está muito aquém do cenário severo de tarifas dos EUA excedendo 20% sobre produtos da zona do euro, projetado nas previsões de junho", enfatizou, embora tenha reconhecido que "a incerteza persiste", já que as tarifas específicas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores continuam obscuras.

Assim, o BCE terá em consideração as implicações do acordo comercial UE-EUA para a economia da zona do euro nas projeções de setembro, que vão orientar as decisões do Conselho do BCE nos próximos meses.

Lagarde destacou ainda que o acordo comercial entre Bruxelas e Washington "reduziu", mas "certamente não eliminou" a incerteza global, nomeadamente porque ainda é necessário clarificar as tarifas específicas para os setores farmacêutico e de semicondutores.

Leia Também: Tarifas? Lagarde pede solução rápida para incertezas comerciais

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