Decisões de tribunal especial? Moscovo considera que serão "sem efeito"

A Rússia criticou hoje o acordo assinado entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Conselho da Europa para criação de um tribunal especial para a Ucrânia, considerando que as suas decisões serão "nulas e sem efeito".

SAINT PETERSBURG, RUSSIA - 2022/06/15: Maria Zakharova, Director of the Information and Press Department of the Ministry of Foreign Affairs of the Russian Federation at a press briefing during the St. Petersburg International Economic Forum 2022 (SPIEF 20

© Getty Images

Lusa
26/06/2025 16:05 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

Em conferência de imprensa, a porta-voz da diplomacia de Moscovo, Maria Zakharova afirmou que se trata de "uma paródia de justiça" e "as decisões deste órgão serão nulos e sem efeito".

 

Volodymyr Zelensky assinou na quarta-feira um acordo com o Conselho da Europa para estabelecer um tribunal especial para processar e julgar os responsáveis pelos "crime de agressão" contra a Ucrânia.

"Será necessária coragem política e judicial para garantir que todos os criminosos de guerra russos são julgados, incluindo [o homólogo russo, Vladimir}] Putin", declarou o líder ucraniano.

Maria Zakharova avisou que Moscovo considerará a adesão de qualquer estado a este tribunal como "uma ação hostil que reflete o desejo de exacerbar a atual crise em torno da Ucrânia, e não de a resolver".

Esta é a primeira vez que é criado um tribunal especial sob os auspícios do Conselho da Europa, o órgão de defesa dos direitos humanos do continente europeu, que conta com 46 membros, incluindo a Ucrânia.

A Rússia, por sua vez, foi excluída pouco depois de ter lançado a sua invasão em grande escala na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Este conflito, que dura há mais de três anos, provocou largos milhares de mortos de ambos os lados, civis e militares.

Com o apoio das potências ocidentais, as forças ucranianas têm conseguido resistir aos objetivos de ocupação de Moscovo, apesar dos sucessivos bombardeamentos intensivos contra instalações civis, ao mesmo tempo que atacam infraestruturas militares e energéticas em profundidade em território russo.

Um tribunal especial visa julgar os responsáveis ??por graves violações dos direitos humanos no contexto de um conflito específico, como ocorreu com os crimes nas antigas repúblicas jugoslavas ou com o genocídio tutsi no Ruanda.

Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de captura contra Putin e contra a comissária dos direitos das crianças russa, Maria Lvova-Belova, pelo seu papel na deportação de milhares de crianças ucranianas para a Rússia.

Um ano mas tarde, o antigo ministro da Defesa russo Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Valery Gerasimov, por crimes de guerra e contra a humanidade.

Leia Também: Rússia comentou polémica com Macron: "Talvez foi a 'mão' do Kremlin"

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