"Estão a abrir-se amplas possibilidades regionais", disse Netanyahu durante uma visita às instalações do Shin Bet, a agência de segurança nacional de Israel, em declarações divulgadas pelo seu gabinete.
O líder israelita afirmou que a primeira oportunidade após a guerra com o Irão é resgatar os reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza pelo grupo islamita palestiniano Hamas, embora não tenha referido se pretende fazê-lo através da ofensiva em curso no enclave ou através de um acordo.
"É claro que também teremos de resolver a questão de Gaza, derrotar o Hamas", declarou, acrescentando que acredita que o seu país conseguirá "ambas as tarefas".
Israel atacou o Irão em 13 de junho, com a justificação da criação iminente de uma arma nuclear, o que é refutado por Teerão.
Há uma semana, os Estados Unidos bombardearam instalações nucleares iranianas, interrompendo as negociações em curso entre Washington e Teerão.
Após quase duas semanas de bombardeamentos cruzados nos respetivos territórios, Israel e o Irão acordaram um cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira, um dia depois de um ataque iraniano contra uma base norte-americano no Qatar.
As declarações de hoje de Netanyahu sobre as possibilidades regionais surgem numa altura em que Trump tem defendido que espera que mais países adiram aos Acordos de Abraão, promovidos durante o seu primeiro mandato para normalizar as relações de Telavive com o mundo árabe.
"Vamos começar a trazer países para os Acordos de Abraão", disse hoje o Presidente norte-americano à estação televisiva Fox News
O enviado dos Estados Unidos para a Síria, Tom Barrack, defendeu hoje em entrevista à agência de notícias estatal turca Anadolu que tanto a Síria como o Líbano também precisam fazer a paz com Israel.
Em 24 de junho, o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, indicou que o seu o país estava em negociações com a Síria numa tentativa de normalizar as relações com o país vizinho.
Após os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza, o movimento xiita libanês Hezbollah e os rebeldes Huthis do Iémen, ambos aliados de Terrão, começaram também a atacar Israel.
Em resposta, as forças israelitas encetaram uma forte ofensiva contra o Hezbollah em setembro passado e, apesar de um acordo de cessar-fogo dois meses mais tarde, ainda mantêm posições militares no sul do Líbano.
Em dezembro, o regime sírio de Bashar al-Assad, outro aliado da República Islâmica, caiu após um golpe militar apoiado pela Turquia e Israel aproveitou a ocasião para bombardear instalações militares afetas ao regime deposto e colocar militares no sul do país.
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