"O nosso Presidente também afirmou que a Rússia continuará a perseguir os seus objetivos, nomeadamente a eliminação das causas profundas bem conhecidas que conduziram à situação atual", disse aos jornalistas o conselheiro diplomático de Putin, Yuri Ushakov, que deu conta de uma conversa telefónica, ocorrida hoje à tarde, com Trump.
No entanto, o Kremlin adiantou que Trump propôs a Putin um rápido fim das hostilidades na Ucrânia.
"Trump voltou a levantar a questão de um rápido fim das hostilidades" na Ucrânia, disse Ushakov.
A sexta conversa telefónica entre Putin e Trump, desde que o Presidente norte-americano regressou à Casa Branca, que durou cerca de uma hora, foi descrita como "franca" pelo conselheiro diplomático do Kremlin.
Sobre a Ucrânia, Vladimir Putin indicou ao seu homólogo que a Rússia "continua a procurar uma solução política e negociada para o conflito", afirmou Ushakov aos jornalistas.
O líder russo "salientou a vontade da parte russa de prosseguir o processo de negociação" iniciado em Istambul, onde tiveram lugar duas sessões de negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia, com resultados escassos.
"O nosso Presidente também afirmou que a Rússia continuará a perseguir os seus objetivos, nomeadamente a eliminação das causas profundas bem conhecidas que conduziram à situação atual", prosseguiu Ushakov.
"E a Rússia não renunciará a esses objetivos", insistiu.
Moscovo exige, nomeadamente, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões parcialmente ocupadas, além da Crimeia anexada em 2014, e que renuncie à integração na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), condições que Kyiv considera "inaceitáveis".
Ao mesmo tempo, salientou que Putin e Trump não abordaram a cessação do fornecimento de certos tipos de armas norte-americanas à Ucrânia, anunciada esta semana por Washington.
"Durante esta conversa, esse assunto não foi abordado", afirmou Ushakov.
O assessor presidencial reconheceu que Putin e Trump não falaram desta vez sobre uma possível cimeira no futuro.
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