Rússia é o primeiro país a reconhecer governo dos talibãs no Afeganistão

Até agora, nenhum país tinha reconhecido oficialmente o regime talibã como o governo legítimo do Afeganistão. A Rússia foi o primeiro país a fazê-lo ao aceitar as credenciais do novo embaixador.

Emirado Islâmico do Afeganistão, bandeira oficial,

© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Notícias ao Minuto
03/07/2025 23:23 ‧ há 8 horas por Notícias ao Minuto

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Rússia

A Rússia reconheceu, esta quinta-feira, o governo do Emirado Islâmico do Afeganistão, tornando-se o primeiro a fazê-lo deste a tomada de posse dos talibãs em agosto de 2021.

 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia confirmou à agência estatal russa TASS que aceitou as credenciais do novo embaixador do Afeganistão, nomeado pelo governo talibã.

Trata-se de um ato simbólico que equivale a um reconhecimento de facto do regime islâmico, explicou a agência de notícias Reuters. 

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo indicou que “o ato de reconhecimento oficial do governo do Emirado Islâmico do Afeganistão dará um impulso ao desenvolvimento de uma cooperação bilateral produtiva entre os dois países em vários domínios”.

Na quarta-feira, Hafiz Zia Ahmad Takel, porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão, já tinha adiantado que o governo tinha nomeado um embaixador e representante especial na Rússia. 

"O embaixador e representante especial do Emirado Islâmico do Afeganistão na Federação Russa, Mawlawi Gul Hassan Hassan, iniciou oficialmente as suas funções durante uma reunião introdutória com o pessoal da embaixada", explicou. 

Hassan conduzirá os assuntos da embaixada "com total empenho e em total cooperação com a equipa", segundo as autoridades de Cabul.

O reconhecimento da Rússia surge um mês após Moscovo ter aprovado um novo embaixador em Cabul, depois de ter removido os talibãs da sua lista de organizações terroristas. 

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei em dezembro de 2024 que permitia que os talibãs e outros grupos fossem retirados da lista, desde que renunciassem a apoiar, justificar e promover o terrorismo.

Os talibãs foram incluídos em 2003, sob a alegação de que empregavam métodos terroristas e mantinham ligações com grupos armados ilegais na Chechénia, onde Putin tinha a segunda guerra no território em 1999.

Atualmente, os talibãs possuem missões diplomáticas em pelo menos 14 países.

No entanto, até agora, nenhum país tinha reconhecido oficialmente o regime talibã como o governo legítimo do Afeganistão.

Leia Também: Putin disse a Trump que a Rússia "não renunciará aos seus objetivos"

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