Netanyahu promete trazer todos os reféns de volta na 1.ª visita a kibutz

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje trazer todos os reféns de volta, na sua primeira visita ao kibutz Nir Oz, um dos atacados pelo Hamas a 07 de outubro de 2023.  

Benjamin Netanyahu

© JACK GUEZ/Pool via REUTERS

Lusa
03/07/2025 18:52 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Estou profundamente empenhado, acima de tudo, em garantir o regresso de todos os nossos reféns, todos eles, sem exceção. Ainda há 20 vivos e alguns mortos e vamos trazê-los todos de volta", disse Netanyahu num vídeo divulgado pelo seu gabinete a que a agência de notícias AFP teve acesso.

 

Convidado pelo kibutz - pequena comunidade rural -, Netanyahu foi recebido por moradores sobreviventes do ataque e reféns libertados.

À chegada, um pequeno grupo de manifestantes juntou-se à entrada principal e obrigou aos veículos que levavam a comitiva do governo israelita a entrar por outro acesso, enquanto gritavam palavras como "corrupto", "assassino" ou "fomos abandonados".

Entre as pessoas sequestradas em 7 de outubro em Nir Oz, nove ainda estão em cativeiro, quatro delas presumivelmente vivas.

"Aqui sentimos no mais profundo da alma a magnitude da dor, a profundidade do luto, o trauma que atingiu toda uma comunidade", disse o primeiro-ministro.

A visita de Netanyahu ocorre 636 dias após os atentados que causaram 1.200 mortos em território israelita.

Esta ausência de 21 meses fez com que, em muitos kibutz, os membros do governo israelita não fossem convidados para os eventos que assinalaram o primeiro aniversário dos atentados, em outubro do ano passado.

Em Nir Oz, cerca de 40 pessoas foram mortas e 77 outras raptadas, incluindo a família Bibas (cujos corpos foram recuperados sem vida durante as últimas tréguas).

Reuma Quedem, cuja filha, genro e três netos foram mortos na sua casa em Nir Oz, escreveu na rede X: "O sangue da minha filha, do meu genro e dos meus netos está nas vossas mãos".

Num vídeo divulgado pelos meios de comunicação israelitas, a israelita Einav Zangauker, mãe do refém Matan (ainda em Gaza), aparece a abraçar Netanyahu e a mulher, Sara Netanyahu, que também o acompanhou durante a visita.

Desde o início deste mês, o governo israelita autorizou o regresso dos residentes de 12 kibutz (onde os trabalhos de reabilitação foram concluídos ou onde não foram necessários) na sequência do levantamento das medidas de segurança.

A atual guerra em Gaza, um território com mais de dois milhões de habitantes, começou em outubro de 2023, após o ataque do Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A ofensiva militar israelita, em retaliação ao ataque, provocou até agora mais de 57.000 mortos em Gaza, a destruição de grande parte das infraestruturas do território e uma crise na assistência da população, que se viu privada de ajuda alimentar e médica.

Das 251 pessoas raptadas em Israel em outubro de 2023, 49 continuavam detidas em Gaza, mas 27 delas foram declaradas mortas pelo exército israelita.

O grupo radical Hamas, que governa Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Leia Também: Ataque israelita a sul de Beirute mata alegado terrorista pró-iraniano

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