Nas Caldas da Rainha, onde presidiu ao juramento de bandeira de 177 oficiais, sargentos e praças, o ministro afirmou que "para além da expressão de soberania", Portugal "precisa de Forças Armadas e, do mesmo modo, as Forças Armadas precisam de bens e de equipamentos adequados, modernos e eficazes, apropriados a tudo aquilo que lhes é pedido" o, que, vincou "não é pouco".
Os militares, lembrou no discurso, "estão envolvidos todos os dias em esforços de estabilização, na prevenção de guerras, em contributos para a paz em quatro continentes, com a bandeira nacional no ombro e ao serviço da ONU, da NATO, da União Europeia, da Frontex e de múltiplas coligações".
Estão ainda "em ações de busca e de salvamento, no combate à criminalidade, em ações de prevenção, em ações de emergência médica no continente, nos Açores e na Madeira", acrescentou, no "transporte de órgãos que são utilizados em transplantes que salvam vidas, no repatriamento de pessoas, no apoio em situações de emergência civil".
No discurso, em que apelidou de "heróis" todos os antigos combatentes, Nuno Melo lembrou que os militares "não estão fechados em quartéis" e sublinhou aos que hoje juraram bandeira que é importante terem "a capacidade de perceberem o privilégio da pertença ao Exército".
O Exército português" tem de ter condições para servir e defender o país e cumprir compromissos internacionais", disse Nuno Melo, aludindo ao "grande esforço para a dignificação das Forças Armadas" e da " valorização da condição militar" que o Governo está a fazer.
Entre as medidas tomadas o Governante referiu o aumento de salários e suplementos e deixou a garantia de que o Governo vai "continuar a investir em infraestruturas e em habitação" bem como na "modernização de bens e de equipamentos, no reforço das missões internacionais e nas indústrias de defesa".
Tudo para "dar bons motivos para que os militares fiquem no Exército, para que os militares continuem a apostar ao longo das suas vidas nas Forças Armada".
À margem da cerimónia reafirmou que a força área coloca à disposição da emergência médica todos os meios disponíveis, mas, questionado pela agência Lusa recusou quantificar quantos helicópteros militares estão aptos para transporte médico de emergência durante a noite.
"Os helicópteros serão os que estão disponíveis para emergência médica. Os médicos e os enfermeiros são aqueles que estão habilitados, qualificados e preparados para a prestação desses cuidados nessas situações de emergência", disse Nuno Melo, remetendo para o chefe do Estado-Maior da Força Aérea explicações mais detalhadas sobre os meios envolvidos.
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