"O processo irá acelerar um pouco mais quando a organização terrorista começar a cumprir a promessa de depor as armas", disse Erdogan, referindo-se ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ao regressar de uma cimeira económica no Azerbaijão.
A declaração de Erdogan, citada pela agência estatal Anadolu, antecede a cerimónia prevista pelo PKK no Curdistão iraquiano para iniciar a destruição das armas, que poderá ocorrer entre 10 e 12 de julho.
Em 12 de maio, o PKK anunciou a dissolução e o fim de mais de quatro décadas de guerrilha que custou mais de 40.000 mortos.
Fê-lo em resposta a um apelo divulgado no final de fevereiro pelo líder histórico do PKK, Abdullah Ocalan, preso desde 1999 numa ilha-prisão ao largo de Istambul.
"Como sinal de boa vontade, vários combatentes do PKK que participaram em combates contra as forças turcas nos últimos anos vão queimar as armas numa cerimónia", disse um comandante do grupo à agência de notícias France-Presse (AFP) na segunda-feira.
Um dos fundadores do grupo, Mustafa Karasu, disse que o Governo "não tomou as medidas necessárias" e acusou o exército turco de continuar os ataques às posições do PKK no norte do Iraque.
Nas declarações aos jornalistas no regresso do Azerbaijão, Erdogan também disse estar confiante de que a Turquia irá reintegrar-se gradualmente no programa F-35 dos Estados Unidos.
"Acredito que o Presidente Trump se manterá fiel ao acordo a que chegámos. Acredito que os F-35 serão entregues à Turquia gradualmente durante o seu mandato", afirmou.
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