Os momentos insólitos não são uma novidade na relação de Donald e Melania Trump e, nas celebrações do 4 de Julho, Dia da Independência dos Estados Unidos, o chefe de Estado norte-americano e a primeira-dama voltaram a protagonizar um episódio caricato que não passou despercebido aos mais atentos.
Tudo aconteceu numa varanda da Casa Branca, durante o fogo-de-artifício. Nas imagens do momento, que têm estado a ser divulgadas nas redes sociais, Melania começa por tocar discretamente em Trump e olha-o ininterruptamente, como se lhe quisesse transmitir uma mensagem. Nessa altura, o presidente dos Estados Unidos puxa-a firmemente para junto de si, enquanto a primeira-dama lhe coloca a mão no peito, parecendo mostrar algum desconforto.
Mas a situação ficaria ainda mais constrangedora. Enquanto agarrava a esposa, Trump tentou beijá-la e recebeu a sua face. Mais tarde, enquanto continuava a agarrá-la, voltou a dar-lhe um beijo, mas na testa.
Ao mesmo tempo, a multidão gritava e mostrava-se eufórica.
Alguns utilizadores acabaram por partilhar estas imagens destacando o consideram ser uma clara resistência e desconforto por parte da primeira-dama dos Estados Unidos.
Pode ver o vídeo na galeria acima.
Esta não é a primeira vez que um beijo entre Donald Trump e Melania dá que falar. Na tomada de posse de Donald Trump como 47.º presidente dos Estados Unidos, em janeiro, um outro vídeo tornou-se viral na Internet e mostrava o casal a beijar-se 'no ar'. A culpa, dessa vez, foi atribuída ao famoso chapéu da primeira-dama, que manteve Trump à distância.
Um regresso à Casa Branca com mais experiência e "independente"
Aquando do seu regresso à Casa Branca, Melania Trump de uma entrevista à Fox News na qual declarou que retornava ao cargo de primeira-dama com mais experiência, mantendo ideias e objetivos próprios. Na altura, lamentou que não tenha tido "grande apoio", referindo que muitas a viam apenas como a mulher do Donald Trump.
"Sou independente e tenho o meu próprio valor. Tenho as minhas próprias ideias, os meus próprios 'sim' e 'não'", afirmou.
Melania é a segunda mulher na história dos Estados Unidos a cumprir dois mandatos não consecutivos como primeira-dama, depois de Frances Cleveland. Melania, de 55 anos e de origem eslovena, reside boa parte do tempo na Casa Branca, acabando assim com outro rumor recorrente de que estaria a se distanciar de Donald Trump.
Ao longo da campanha presidencial, e ao contrário de Douglas Emhoff, marido de Kamala Harris, Melania optou por permanecer em segundo plano e quase não participou dos eventos eleitorais, exceto ao ser vista ao lado do marido ou dizer algumas breves palavras no comício do Madison Square Garden, em Nova Iorque.
A sua discrição só foi interrompida em momentos muito específicos nos últimos anos, como na tentativa de assassínio do marido, ou para mostrar o seu apoio ao aborto - uma questão espinhosa dentro do Partido Republicano e que o seu marido deixa nas mãos dos governos locais.
Melania não se revelou uma primeira-dama com um interesse excessivo pela política, como fizeram diversas das suas antecessoras, como Hillary Clinton, embora algumas das suas ideias não estejam muito distantes das do seu marido, como ela própria deu a entender em entrevistas e declarações.
Ao ser questionada sobre as políticas do marido e com a sua retórica agressiva anti-imigração, dada a sua origem e a da sua família, respondeu que veio para os Estados Unidos legalmente.
No entanto, a forma como Melania obteve residência permanente não é isenta de controvérsia. Em 2018, foi revelado que em 2000 --- quando era namorada de Trump e ainda tinha o apelido Knauss --- solicitou e obteve o chamado "visto Einstein", que geralmente reconhece os estrangeiros com "habilidades extraordinárias".
Não ficou claro como o governo dos Estados Unidos concedeu residência a uma modelo eslovena através de um programa que normalmente beneficia académicos de renome, atletas de elite, atores de cinema premiados ou altos executivos.
Isto ocorreu após especulações sobre como os seus pais também obtiveram residência permanente nos Estados Unidos e se foi através do processo de reagrupamento familiar, que Trump quis eliminar e que descreveu como "imigração em cadeia".
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