"Estamos a agir para chegar a esse acordo, nas condições que aceitámos. Enviei uma equipa de negociação com instruções claras. Penso que o encontro com o presidente Trump pode certamente contribuir para avançar neste resultado que todos esperamos", afirmou Netanyahu aos jornalistas na pista do aeroporto Ben-Gurion, antes de partir para Washington, citado pela agência de notícias Agence France-Presse (AFP).
Netanyahu insistiu que o seu país está comprometido com os três objetivos que estabeleceu para a sua ofensiva: recuperar os 50 reféns que ainda estão na Faixa (destes apenas 20 estão vivos), eliminar as capacidades do Hamas e garantir que Gaza não representa uma ameaça.
Já a agência espanhola EFE destaca precisamente o facto de Benjamin Netanyahu ter insistido que Israel mantém o objetivo de eliminar as capacidades governamentais e militares do Hamas em Gaza, apesar das negociações de cessar-fogo.
"Estamos determinados a garantir que Gaza não represente mais uma ameaça. Uma ameaça para Israel. Isso significa que não permitiremos uma situação em que haja mais sequestros, mais assassinatos, mais decapitações, mais invasões. Isso significa uma coisa: eliminar a capacidade militar e governamental do Hamas", disse antes de entrar no avião, em declarações divulgadas pelo seu gabinete e agora citada pela EFE.
Apesar de assegurar que está a trabalhar para alcançar um acordo de trégua no enclave, o líder afirmou que "o Hamas já não estará lá".
Ao mesmo tempo que Netanyahu viaja para os estados-unidos, uma delegação israelita partiu para Doha, no Catar, para participar nas negociações do cessar-fogo em Gaza com o Hamas, através dos mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos).
Quando o gabinete de Netanyahu anunciou o plano de enviar a equipa de negociação ao Catar, fê-lo assegurando que as últimas alterações do Hamas à proposta de cessar-fogo em cima da mesa eram "inaceitáveis" para Israel.
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