Os ataques ocorreram enquanto o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se prepara para voar para Washington, Estados Unidos (EUA), para conversações na Casa Branca, com o objetivo de levar por diante os esforços de cessar-fogo.
De acordo com o diretor do Hospital Shifa, Mohammed Abu Selmia, 20 pessoas morreram e 25 ficaram feridas depois de ataques israelitas terem atingido duas casas na Cidade de Gaza.
Já no sul de Gaza, 18 palestinianos foram mortos pelos ataques em Muwasi, uma zona na costa mediterrânica de Gaza onde muitas pessoas deslocadas vivem em tendas, disseram à AP responsáveis do Hospital Nasser, na cidade vizinha de Khan Younis.
O exército israelita não fez comentários sobre os ataques individuais, mas disse que atingiu 130 alvos na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, alegando que visaram estruturas de comando e controlo do Hamas, instalações de armazenamento de armas, e que mataram vários militantes no norte de Gaza.
Separadamente, uma autoridade israelita, citada pela AP, disse que o Gabinete de Segurança israelita aprovou, no sábado à noite, o envio de ajuda para a parte norte de Gaza, onde os civis estão a sofrer com a grave escassez de alimentos.
No Iémen, um porta-voz dos rebeldes Huthis anunciou, numa mensagem pré-gravada, que o grupo tinha lançado mísseis balísticos contra o aeroporto Ben Gurion durante a noite, que o exército israelita disse que terem sido intercetados.
O gabinete de Netanyahu adiantou que o seu governo vai enviar hoje uma equipa de negociação ao Qatar, para conduzir negociações indiretas, acrescentando que o Hamas está a procurar mudanças "inaceitáveis" na proposta de trégua.
As negociações planeadas no Qatar acontecem antes da visita planeada de Netanyahu a Washington, na segunda-feira, para se reunir com o Presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir o acordo.
Não é claro se será alcançado um acordo antes da reunião de Netanyahu na Casa Branca.
Donald Trump apresentou um plano para um cessar-fogo inicial de 60 dias, que incluiria a libertação parcial dos reféns detidos pelo Hamas, em troca de um aumento da entrada de ajuda humanitária em Gaza.
A trégua proposta prevê negociações para pôr fim à guerra de 21 meses.
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