No comunicado relativo à reunião do Conselho de Ministros realizada hoje refere-se que Moçambique e o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) celebraram o acordo, em 29 de abril do ano passado, para o financiamento do projeto de construção e apetrechamento dos hospitais distritais de Mecanhelas e Ngauma, na província de Niassa, num valor de 20 milhões de dólares (17 milhões de euros).
A Lusa noticiou em 28 de agosto de 2024 que o BADEA vai emprestar 20 milhões de dólares a Moçambique, especificamente para financiar a iniciativa "Um distrito, um hospital".
Um mês antes, o então O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, tinha apelado ao investimento árabe no país, dando como exemplo a agricultura, indústria e energia, desafiando, nomeadamente, à produção nacional de baterias para viaturas elétricas.
"Também produção de baterias. O país é detentor de grandes minérios, grafite por exemplo, nas províncias do norte, Cabo Delgado e agora em Niassa vamos começar. Essas condições existem, não só para extração mas também para transformação", disse Filipe Nyusi, em 24 de julho de 2024, no Fórum de Investimento Moçambique - Árabe.
Nyusi destacou, naquela data, a "preponderância" e "crescimento" do investimento dos países árabes no continente, e em concreto em Moçambique, desafiando aqueles investidores a entrarem na produção agrícola e industrial, petróleo e gás, transportes ou turismo, enquanto áreas chave para o desenvolvimento nacional.
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