Reino Unido e Alemanha assinam tratado "inédito" na defesa mútua

O documento realça o aumento das ameaças globais, nomeadamente a crescente agressão por parte da Rússia e a invasão da Ucrânia.

Starmer com Merz
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© REUTERS/Suzanne Plunkett

Carolina Pereira Soares
17/07/2025 14:57 ‧ ontem por Carolina Pereira Soares

Mundo

Reino Unido

O Reino Unido e a Alemanha assinaram esta quarta-feira, em Londres, o primeiro tratado conjunto desde o fim da II Guerra Mundial, comprometendo-se com defesa mútua e apoio em caso de um ataque armado.

 

À saída da reunião, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o documento é “inédito” e “histórico” entre os dois países e que comprova a relação próxima entre Londres e Berlim atualmente, assim como, demonstra uma “ambição de trabalhar cada vez mais em parceria.”

Já o chanceler alemão diz-se “surpreendido” ao saber que é o primeiro tratado desde a II Guerra Mundial e acrescenta que tem vindo a aprender que ter a parceria do Reino Unido através da União Europeia “não é suficiente” e que “têm de fazer muito mais nesse sentido”.

O documento conta com 17 pontos distintos para a cooperação entre os dois países, nomeadamente a criação de uma linha de comboio dentro dos próximos dez anos entre os dois países e até de um visto para visitas de estudo até ao final deste ano para aumentar as oportunidades “linguísticas, culturais e experiências académicas”.

Também na imigração (um dos pontos fortes da política tanto de Merz como de Starmer) Londres e Berlim chegaram a acordo. Os dois países concordaram em cooperar na dissuasão de migração irregular, assim como, num reforço da lei nesse sentido, e em fazer um esforço maior em matéria de retornos. 

A Alemanha vai também criminalizar, até ao final deste ano, a “facilitação de migração irregular para o Reino Unido”.

Mas o ponto principal deste tratado foca-se na área de defesa. Londres e Berlim concordaram em realizar exercícios militares e de treino em conjunto, em trabalhar juntos no combate a ameaças cibernéticas e na coordenação de exportação de armas.

O documento de 23 páginas, tornado público pelo governo alemão realça, em diversas passagens, o aumento das ameaças globais, incluindo a crescente agressão por parte da Rússia e a invasão da Ucrânia.

A base deste tratado tinha sido construída, inicialmente, em 2023, durante uma reunião em Berlim. Na altura, Keir Starmer já era o primeiro-ministro do Reino Unido, mas na Alemanha ainda estava o chanceler Olaf Scholz à frente do reichstag, o parlamento alemão.

Leia Também: Governo britânico propõe dar direito de voto a adolescentes de 16 e 17 anos 

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