Lula atira: Trump não foi eleito "imperador do mundo". Casa Branca reage

Lula da Silva, presidente do Brasil, disse, em entrevista, que Donald Trump não foi eleito para ser "imperador do mundo". Por sua vez, a Casa Branca respondeu, dizendo que o presidente norte-americano "é o líder do mundo livre".

Lula da Silva, Portugal, Brasil,

© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Maria Gouveia
17/07/2025 23:42 ‧ há 4 horas por Maria Gouveia

Mundo

Guerra comercial

O presidente do Brasil, Lula da Silva, afirmou, em entrevista, que o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, não foi eleito para ser "imperador do mundo", acrescentando que não quer o que o seu país seja refém dos Estados Unidos, a propósito das tarifas impostas ao Brasil.

 

A resposta da Casa Branca não tardou. A porta-voz Karoline Leavitt referiu que Donald Trump "não está a tentar ser o imperador do mundo" e descreveu-o como "líder do mundo livre", de acordo com o site brasileiro G1.

"O presidente certamente não está a tentar ser o imperador do mundo. É um presidente forte dos Estados Unidos da América e também é o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o mundo por causa da sua liderança firme", salientou.

Note-se que o Brasil se mostrou indignado com as tarifas impostas pelos Estados Unidos e disse estar a aguardar uma resposta a uma proposta de negociação sobre comércio bilateral enviada em maio a Washington.

O vice-Presidente e ministro do Desenvolvimento do Brasil, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informaram ter enviado uma carta ao secretário (equivalente a ministro) de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, manifestando "indignação com o anúncio, feito em 9 de julho, da imposição de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos."

"A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria económica historicamente forte e profunda entre nossos países", lê-se no mesmo documento, onde se revela que, a 16 de maio, apresentou uma proposta com áreas a negociar.

Brasil indignado com tarifas espera desde maio resposta dos EUA

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O Brasil disse hoje que aguarda resposta a uma proposta de negociação sobre comércio bilateral enviada em maio a Washington, e reiterou a indignação face a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros.

Lusa | 17:25 - 16/07/2025

De recordar ainda que, na terça-feira, os Estados Unidos anunciaram o início de uma investigação comercial contra o Brasil para verificar se o país realiza políticas "irracionais ou que dificultam ou restringem o comércio", de acordo com um comunicado do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos.

A investigação acontece depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados.

Numa carta endereçada na semana passada ao Governo brasileiro, Trump alegou que a relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é "muito injusta", marcada por desequilíbrios gerados por "políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil".

O líder norte-americano acusou também o Brasil pela "forma como tem tratado o ex-Presidente Jair Bolsonaro", processado no Supremo Tribunal Federal por suposta tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022 para o atual Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Ministério Público Federal brasileiro, Bolsonaro e outros sete réus em julgamento no Supremo Tribunal Federal cometeram os crimes de "tentativa de golpe de Estado", "organização criminosa armada", "tentativa de supressão violenta do Estado Democrático de Direito", "dano qualificado por grave violência ou ameaça" e "deterioração de patrimónios protegido".

Leia Também: Tarifas? "Estamos a falar com a UE e a fazer progressos"

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