O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina condenou o ataque "nos termos mais veementes" e lamentou que tenha causado "várias mortes e feridos, além de extensos danos no edifício da igreja".
Em comunicado divulgado nas redes sociais, o mesmo ministério afirmou ter-se tratado de "um crime que se enquadra no genocídio perpetrado pela ocupação [israelita] contra todas as formas de vida humana em Gaza, incluindo ataques deliberados a locais de culto, hospitais, escolas e abrigos".
O Governo palestiniano apelou ainda à comunidade internacional para que "assuma a sua responsabilidade de proteger o povo palestiniano e os locais sagrados cristãos e islâmicos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza" e garanta "o fim imediato da ocupação".
Por sua vez, o grupo islamita Hamas sublinhou que o ataque "é um novo crime contra locais de culto e pessoas deslocadas inocentes", alegando que o evento "faz parte de uma guerra de extermínio contra o povo palestiniano", conforme noticia o jornal palestiniano Filastin.
O Patriarcado Latino de Jerusalém indicou que entre os feridos se encontra o Padre Gabriel Romanelli, um colaborador próximo do falecido Papa Francisco, com quem falava regularmente sobre a situação durante a ofensiva israelita.
"A igreja sofreu danos", afirmou num comunicado publicado na sua conta de Facebook.
O Papa Leão XIV expressou a sua "profunda tristeza" pela "perda de vidas e feridos causados pelo ataque militar" contra a igreja e emitiu um novo apelo para "um cessar-fogo imediato" em Gaza, de acordo com uma mensagem publicada pelo Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
O exército israelita declarou, numa mensagem publicada nas redes sociais, que "está ciente dos relatos de danos causados à Igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza e de vítimas no local", garantindo que o incidente está a ser investigado.
A guerra em Gaza foi iniciada pelos ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 ao território de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 58 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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