"Expressei ao patriarca latino de Jerusalém a comoção e a solidariedade do nosso país. Estes ataques são intoleráveis. É tempo de acabar com a carnificina em Gaza", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noel Barrot, na rede social X.
"A França protege as comunidades religiosas católicas em Israel e na Palestina. Este papel é o legado de uma longa história que remonta às capitulações assinadas por Francisco I com o Sultão Solimão, o Magnífico, em 1535", recordou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em resposta escrita à pergunta de um senador em 2014.
De acordo com a diplomacia francesa, desde a década de 1920 que a França deixou de ter um papel legal na proteção dos cristãos católicos orientais.
Contudo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês lembrou que "os acordos assinados entre a França e o Império Otomano em Mitilene, em 1901, e em Constantinopla, em 1913, que concederam à França proteção às comunidades religiosas católicas na Terra Santa, foram reconhecidos pelas autoridades israelitas e palestinianas e, por isso, ainda estão em vigor".
"A paróquia latina de Gaza está sob a proteção da França e é explicitamente mencionada no acordo de 1913", explicou o consulado francês em Jerusalém, numa declaração feita à agência noticiosa France Presse.
A proteção francesa garante também certos direitos aos estabelecimentos religiosos, como as isenções fiscais.
A Defesa Civil de Gaza e o Patriarcado Latino de Jerusalém anunciaram hoje a morte de duas pessoas num ataque israelita à única igreja católica em território palestiniano, que é um refúgio para esta pequena comunidade desde o início da guerra.
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