Guerra na Ucrânia? "Putin, a tua vez está a chegar", diz senador dos EUA

Lindsey Graham, senador dos Estados Unidos, alertou o presidente russo, Vladimir Putin, que está na linha para levar uma 'coça' de Donald Trump, caso não compareça nas negociações para terminar com a guerra na Ucrânia, que já dura desde 2022.

senador do Estados Unidos, Lindsey Graham

© Allison Robbert/Bloomberg via Getty Images

Maria Gouveia
21/07/2025 19:00 ‧ há 4 horas por Maria Gouveia

Mundo

Guerra na Ucrânia

O senador do Estados Unidos, Lindsey Graham, deixou, no domingo, um aviso ao presidente russo Vladimir Putin, dizendo que está na linha para levar uma 'coça' do presidente norte-americano, Donald Trump, caso Moscovo não se sente à mesa de negociações para terminar com a guerra na Ucrânia. 

 

"Trump tem sido duro com o Irão, que é incrivelmente perigoso, mas eles estão num estado enfraquecido. E Putin, a tua vez está a chegar", disse o senador em entrevista ao programa 'Sunday Night In America With Trey Gowdy' da Fox News. 

Lindsey Graham referiu que "Donald Trump é o Scottie Scheffler (um jogador de golfe norte-americano) da política americana e da diplomacia internacional. "Ele está prestes a dar-te [a Putin] um 'coça'". 

De recordar que, no dia 14 de julho, após ter estado reunido com o secretário-geral da NATO, o presidente dos Estados Unidos deixou um alerta ao seu homólogo russo, dizendo que se não houver um acordo de paz com a Ucrânia dentro de 50 dias, serão aplicada "tarifas muito severas" à Rússia.

"Aplicaremos tarifas muito severas [à Rússia] se não tivermos um acordo em 50 dias [com a Ucrânia]. Se não tivermos um acordo dentro de 50 dias, é muito simples, [os impostos alfandegários] serão de 100% e ponto final", avisou.

Nesse dia, Trump realçou também estar "desapontado" com Vladimir Putin. "Estou desapontado com o presidente Putin, porque pensei que teríamos um acordo, há dois meses. Mas isso não parece estar a acontecer".

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Donald Trump ameaçou a Rússia com a aplicação de "tarifas muito severas", caso não haja um acordo de paz com a Ucrânia dentro de 50 dias, revelando estar "desapontado" com Vladimir Putin. O presidente dos Estados Unidos anunciou também que a NATO irá comprar armas norte-americanas para entregar à Ucrânia.

Maria Gouveia com Lusa | 16:39 - 14/07/2025

Ucrânia propôs nova ronda de negociações com Rússia: "É necessária"

A Ucrânia propôs, para a próxima semana, uma nova ronda de negociações com a Rússia, que estão suspensas desde junho, avançou no sábado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Na mensagem diária transmitida ao país, Zelensky explicou que a proposta foi feita pelo secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Roustem Oumerov, esclarecendo ainda que quer negociar diretamente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

"É necessária uma reunião ao mais alto nível para garantir verdadeiramente a paz", afirmou, mas sem adiantar uma data exata.

Ucrânia propôs nova ronda de negociações com a Rússia na próxima semana

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A Ucrânia propôs, para a próxima semana, uma nova ronda de negociações com a Rússia, que estão suspensas desde junho, avançou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Lusa | 19:39 - 19/07/2025

Na semana passada, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia está disposta a negociar com a Ucrânia, mas precisa de tempo face às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu armas para Kyiv e deu 50 dias para Putin pôr fim ao conflito.

"As declarações do presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump são muito sérias. Parte delas foram dirigidas pessoalmente a [o homólogo russo, Vladimir] Putin. É claro que precisamos de tempo para analisar o que foi dito em Washington. Se ou quando o Presidente Putin considerar necessário, ele comentará", disse.

Resolução do conflito com Ucrânia "é processo longo"

Já este domingo, dia 20 de junho, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, adiantou que a resolução do conflito da Ucrânia seria "um processo longo", que "requer esforço" e que "não é fácil". 

Ao mesmo tempo, garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, quer resolver o conflito por via pacífica, mas sem deixar cair os objetivos "compreensíveis, evidentes e constantes" definidos por Moscovo.

Resolução do conflito com Ucrânia

Resolução do conflito com Ucrânia "é processo longo". "Não é fácil"

A Rússia avisou hoje que a resolução do conflito com a Ucrânia é um processo longo, acreditando que a administração dos EUA compreende isso "cada vez mais", sem responder à proposta da Ucrânia de uma nova ronda de negociações.

 Lusa | 12:40 - 20/07/2025

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra que já causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.

Ao lançar a invasão, Putin disse que visava "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Nas conversações já realizadas, a Rússia exige que a Ucrânia não adira à NATO e que reconheça a soberania russa nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, anexadas em 2022, e na Crimeia, que conquistou em 2014.

Leia Também: Reino Unido pede a aliados que acelerem apoio à Ucrânia dentro de 50 dias

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