Imigração ilegal? Reino Unido cria regime de sanções contra gangues

O Reino Unido anunciou hoje o primeiro regime de sanções do mundo contra atividades dos gangues ligados a tráfico de pessoas, visando travar a entrada de imigrantes ilegais no país.

David Lammy, Reino Unido,

© Rasid Necati Aslim/Anadolu via Getty Images

Lusa
21/07/2025 23:52 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Reino Unido

"Qualquer pessoa cúmplice na facilitação do tráfico de pessoas para o Reino Unido correrá o risco de ver os seus bens congelados e de ser-lhe imposta uma proibição de viagens", anunciou o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy.

 

A primeira vaga de sanções, a ser imposta esta quarta-feira, terá como alvo tanto os próprios gangues como os seus "facilitadores, financiadores e empresas envolvidas na venda de equipamento para pequenas embarcações", adiantou Lammy, em comunicado.

Estas sanções visam perturbar o fluxo de dinheiro e materiais, congelando contas bancárias, propriedades e outros bens.  

Foram elaboradas para serem impostas a indivíduos "em qualquer parte do mundo", publicando os seus nomes e "tornando ilegal a interação do sistema financeiro britânico com os mesmos", adiantou o chefe da diplomacia do governo trabalhista (esquerda) liderado por Keir Starmer.

"Durante demasiado tempo, os gangues criminosos encheram os seus bolsos corruptos e aproveitaram as esperanças de pessoas vulneráveis impunemente, impulsionando a migração irregular para o Reino Unido. Não aceitaremos este 'status quo'", afirmou Lammy.

Os primeiros alvos são os líderes de gangues, os fornecedores de pequenos barcos utilizados para atravessar o Canal da Mancha, os traficantes de passaportes falsos e os intermediários que facilitam os pagamentos através de redes "hawala" --- um antigo sistema financeiro de transferências informais de dinheiro baseado na confiança e difícil de rastrear.

Estas sanções fazem parte da estratégia do Ministério dos Negócios Estrangeiros para "interromper, dissuadir e devolver" a migração ilegal e juntam-se ao acordo recentemente assinado com a França, segundo o qual, por cada migrante irregular devolvido, o Reino Unido aceitará outro com laços familiares no país.

Leia Também: Reino Unido pede a aliados que acelerem apoio à Ucrânia dentro de 50 dias

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