A resposta surge após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter alertado, no final da cimeira de alto nível UE-China, em Pequim, que a posição chinesa sobre a guerra será "um fator determinante" para o futuro das relações bilaterais.
Segundo o porta-voz Guo Jiakun, durante a cimeira Pequim reiterou o apoio a "uma solução política" para o conflito, defendeu "o diálogo" como via para alcançar uma paz duradoura e assegurou o direito de manter intercâmbios com Moscovo "dentro dos limites legais", negando ter fornecido armamento letal à Rússia.
Bruxelas voltou na quinta-feira a instar Pequim a usar a sua influência sobre Moscovo e a não apoiar a sua base industrial militar, alertando, nas palavras de Von der Leyen, que "a segurança da Europa está em jogo".
Pequim tem rejeitado as críticas europeias pela sua proximidade com Moscovo desde o início da invasão e insiste que nunca forneceu armas letais à Rússia nem incentivou o conflito.
O jornal de Hong Kong South China Morning Post revelou recentemente que o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse à chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, que a China "não pode aceitar" uma derrota russa, pois isso permitiria aos Estados Unidos "concentrar toda a sua atenção na China".
Leia Também: Israel/Palestina: China reafirma apoio à solução de dois Estados