A Turquia e o Chipre estão a ter dificuldades no combate a vários incêndios que têm deflagrado nos últimos dias e que não só estão a destruir territórios, como também já obrigaram à evacuação de cidades e aldeias.
De acordo com o que a Reuters escreve esta quinta-feira, já morreram dez bombeiros no centro da Turquia, que para além dos fogos florestais, está também a ser atingida por uma onda de calor.
Pelo menos seis incêndios florestais estão ativos na Turquia, com o governo a ter avisado que as condições, nomeadamente em relação ao vento, não iriam ajudar no combate às chamas.
Para além dos dez bombeiros mortos, na província de Eskisehir, ficaram também feridos 14 operacionais.
Segundo a agência de notícias, os residentes de três províncias turcas foram retirados das suas casas, porém, numa delas, Bilecik, já houve 'luz verde' para voltarem.
"As florestas são densas e rochosas. Os helicópteros não funcionam à noite e, como não funcionam, não puderam intervir", detalhou Cemil Karadag, um residente da aldeia de Selcik, nessa mesma província.
Karadag referiu ainda, explicado pela Reuters, que o fogo "envolveu a aldeia por dois ou três lados e espalhou-se muito rapidamente com o efeito do vento, mas, graças a Deus, o centro da aldeia não ficou muito danificado."
Dez aldeias foram evacuadas na província vizinha de Karabuk, onde se situa a cidade de Safranbolu, Património Mundial da UNESCO, depois de as chamads se terem alastrado rapidamente.
Enquanto na Turquia os incêndios já duram há pelo menos quatro dias, no Chipre o combate às chamas está a ser feito há dois. As chamas estão a destruir aldeias nas montanhas a norte da cidade de Limassol. Segundo as autoridades, seis países estão a enviar ajuda, nomeadamente, Espanha, Israel, Líbano, Grécia, Jordânia e Egito.
Na quarta-feira, os corpos de duas pessoas foram encontrados no interior de um carro. As autoridades estão a investigar a possibilidade de ter sido fogo posto.
"Estamos a enfrentar uma situação sem precedentes", disse o porta-voz do governo, Konstantinos Letymbiotis.
Um morador, Kostas Hatzikonstantinou, descreveu o cenário: "Quando amanheceu, vimos uma catástrofe de proporções bíblicas. É uma tragédia indescritível. Infelizmente, vamos deixar de ter este paraíso de que desfrutámos durante tantos anos."
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