Para o chefe da diplomacia israelita, a decisão de Macron é "uma tentativa de impor uma ameaça clara à segurança de Israel", enquanto as tropas israelitas continuam a bombardear a Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 59.100 residentes, de acordo com os números do movimento islamita palestiniano Hamas, que domina o enclave.
O chefe de Estado francês anunciou na noite de quinta-feira que vai formalizar o reconhecimento do Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU, em setembro próximo.
"Essa oferenda, que o Hamas se apressou a celebrar, só conduzirá a um endurecimento das suas posições nas negociações. As implicações são: prolongar a guerra, continuar o abuso de reféns e também prolongar o sofrimento da população palestiniana em Gaza", acrescentou o ministro israelita.
A indignação de Saar faz eco de posições manifestadas publicamente por alguns dos principais ministros do Governo israelita e até por dirigentes da oposição ao Governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
No total, 148 estados já reconhecem a Palestina --- três quartos dos membros da ONU, apesar da oposição dos Estados Unidos e de Israel.
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