Israel volta a autorizar lançamentos aéreos de ajuda em Gaza

O Exército israelita afirmou hoje que irá autorizar, nas próximas horas, o restabelecimento dos lançamentos aéreos de ajuda sobre a Faixa de Gaza, prática que gerou, no passado, fortes críticas por parte de organizações humanitárias.

Faixa de Gaza, Ajuda humanitária, Palestina,

© Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images

Lusa
25/07/2025 14:48 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Trata-se de uma forma de fornecimento que só tinha sido utilizada uma vez desde o início da guerra e que as organizações humanitárias tinham encarado com fortes críticas, ao denunciarem vários riscos para a população do enclave palestiniano, que pode morrer esmagada pelas cargas lançadas por via aérea ou pela multidão desesperada que se junta nas zonas de aterragem.

 

Num comunicado, a administração israelita nos territórios palestinianos ocupados, designada como COGAT, confirmou que vai autorizar em breve a retoma destes lançamentos por parte da Jordânia e dos Emirados Árabes Unidos, em coordenação com o Exército de Israel. 

Fontes militares israelitas indicaram ao jornal Times Of Israel, que a primeira operação poderá acontecer já hoje.

Os países árabes já tinham realizado vários lançamentos aéreos de ajuda no início do ano passado, alegando que a crise humanitária atingira um ponto insustentável no enclave, como voltou a acontecer nos últimos dias.

Várias organizações não-governamentais (ONG) e fontes médicas da Faixa de Gaza denunciaram, no início de março, que pelo menos cinco palestinianos tinham morrido esmagados por estas cargas, devido a uma falha nos paraquedas acoplados aos envios.

Organizações como a Save the Children advertiram, nesse mesmo mês, que este tipo de entrega "não constitui uma solução" para as centenas de milhares de palestinianos encurralados e que apenas um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas poderia salvar vidas.

"Estes métodos alternativos de entrega de ajuda são caros, ineficazes e desviam a atenção da solução crucial para salvar a vida de crianças, mulheres e famílias em Gaza", afirmou na altura a Save the Children.

Para esta organização, além do um cessar-fogo imediato e definitivo, a solução passa também por um acesso "seguro e sem restrições" da ajuda humanitária por "todos os pontos de passagem e no interior" da Faixa de Gaza.

Num novo balanço do conflito, divulgado na quinta-feira, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo extremista Hamas, informou que registou 59.587 mortos e 143.498 feridos.

Nessa contagem incluem-se pelo menos 115 mortos por fome ou desnutrição desde o início da ofensiva israelita, em outubro de 2023.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel, que também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária, provocou igualmente a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Israel mata 19 palestinianos que procuravam ajuda alimentar

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