Hungria não aprova orçamento comunitário até "receber" fundos bloqueados

A Hungria recusa aprovar o novo orçamento comunitário até receber os fundos europeus que a Comissão Europeia (CE) continua a bloquear, advertiu hoje o primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán.

Viktor Orbán

© FERENC ISZA/AFP via Getty Images

Lusa
26/07/2025 12:52 ‧ há 9 horas por Lusa

Economia

Hungria

"Não haverá orçamento europeu até recebermos o nosso dinheiro", disse o líder magiar num discurso na Universidade de Verão de Baile Tusnad, na vizinha Roménia.

 

O projeto do orçamento europeu para o período de 2028 a 2034 foi apresentado recentemente pela CE e é criticado por vários países.

Orbán, que costuma discursar todos os verões no encerramento deste evento, lembrou que a Hungria recebeu 12.000 milhões de euros dos fundos comunitários, o que corresponde a metade do dinheiro que lhe cabia.

A CE mantém bloqueados pelo menos outros 10.000 milhões de euros devido a problemas com o Estado de direito na Hungria e persistem as preocupações de que Budapeste cumpra apenas metade dos 27 requisitos negociados com Bruxelas para poder ter acesso a esses fundos.

Orbán lembrou que a viabilização do orçamento comunitário requer a aprovação unânime dos países da UE e deixou claro que está disposto a vetá-lo.

O primeiro-ministro, muito crítico da União Europeia (UE), reiterou que Bruxelas se colocou numa situação em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vê o continente como "um adversário político" em vez de um aliado.

Por isso, na atual "guerra comercial", a UE só poderá conseguir maus acordos com os EUA, afirmou Orbán, voltando a defender que "é necessário que haja uma mudança de liderança na UE" e sublinhando que a União "não poderá ganhar a guerra comercial" contra Trump.

Segundo Orbán, a UE está atualmente "a preparar-se para uma guerra comercial com os EUA e a China, enquanto está em guerra com a Rússia (na Ucrânia)".

O governo ultranacionalista da Hungria é o executivo comunitário mais próximo de Moscovo, ao mesmo tempo que mantém relações tensas com a Ucrânia, atacada pela Rússia desde 2022.

Nesse sentido, o primeiro-ministro reiterou que a UE não deveria integrar a Ucrânia, pois isso significaria importar uma guerra para o bloco comunitário.

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