O vice-primeiro-ministro do Camboja, Sun Chantol, anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deveria ser nomeado para o Prémio Nobel da Paz, depois de ter contribuído para que um acordo de cessar-fogo com a Tailândia fosse alcançado, por forma a terminar com o conflito nas fronteiras entre os dois países.
Em declarações aos jornalistas, citado pela Fox News, Sun Chantol agradeceu a Donald Trump por ter conseguido trazer a paz à região, salientando que o presidente norte-americano merecia ser nomeado para o Prémio Nobel da Paz.
"Reconhecemos os seus esforços pela paz", afirmou.
Sublinhe-se que uma disputa fronteiriça entre os dois países tem vindo a arrastar-se há muito tempo e conduziu, no mês passado, a confrontos que envolveram caças, tanques, tropas terrestres e artilharia.
De recordar também que esta não é a primeira vez que é mencionada uma possível nomeação de Trump para o Prémio Nobel da Paz.
No início do mês de julho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entregou ao presidente norte-americano a carta que enviou ao Comité Nobel, tendo justificado a nomeação por Donald Trump estar a "restaurar a paz" em diversos países e regiões, com destaque para o Médio Oriente.
A distinção seria "bem merecida", disse Netanyahu a Trump, na presença do enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do secretário da Defesa, Pete Hegseth, entre outros altos responsáveis dos dois países.
Em março, o congressista republicano norte-americano Darrell Issa escreveu, nas redes sociais, que iria nomear Donald Trump, considerando que "ninguém mais o merece".
Quem venceu o Nobel da Paz em 2024?
O Prémio Nobel da Paz foi entregue à organização japonesa Nihon Hidankyo, que foi galardoada "pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar através do depoimento de testemunhas que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas".
Note-se que, em março deste ano, o Instituto Nobel norueguês anunciou que já tinha recebido 338 candidaturas, mas não revelou quais os nomes indicados. Revelou apenas que tratavam-se de 244 indivíduos e 94 organizações.
De acordo com os estatutos do galardão, a identidade dos nomeados permanece secreta durante 50 anos, mas os milhares de patrocinadores (deputados e ministros de todos os países, antigos laureados, certos professores universitários) são livres de revelar a identidade do seu candidato.
O número de registos em 2025 mostra um aumento significativo em relação às 286 nomeações do ano passado, mas ainda abaixo do recorde de 376 inscrições registado em 2016.
Em janeiro, milhares de pessoas assinaram uma petição para que Gisèle Pelicot fosse galardoada com o Prémio Nobel da Paz.
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