Os primeiros incidentes começaram na noite de terça-feira em Vrbas, a noroeste de Belgrado, onde a polícia de choque separou os manifestantes que se encontravam em frente a uma sede do Partido Progressista Sérvio, no poder.
Segundo a agência France-Presse (AFP), imagens captadas no local mostraram apoiantes do Governo a atirar pedras e garrafas contra os manifestantes da oposição, que responderam com o lançamento de vários objetos.
A polícia informou que dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo 16 agentes, e que fez várias detenções após os confrontos em Vrbas.
O comissário da polícia, Dragan Vasiljevic, disse à emissora estatal RTS que os manifestantes atacaram os apoiantes do partido no poder em frente à sede do partido.
Os manifestantes disseram que os apoiantes do governo foram responsáveis pelo primeiro ataque em Vrbas e também mais a sul, em Backa Palanka, e posteriormente em Novi Sad e também na cidade de Nis, no sul da Sérvia.
Incidentes semelhantes foram relatados em protestos em outras zonas do país.
Em Belgrado, a polícia de choque repeliu os manifestantes da oposição que se concentravam no centro da cidade.
Os protestos liderados por estudantes oposicionistas da Sérvia começaram em novembro, após o colapso de uma cobertura de uma estação ferroviária na cidade de Novi Sad, no norte do país, que matou 16 pessoas, gerando acusações de corrupção em projetos de infraestruturas do Estado.
Desde essa altura, os protestos têm mobilizado centenas de milhares de pessoas, abalando o controlo do chefe de Estado.
Os apoiantes do Presidente começaram recentemente a organizar contramanifestações.
Os protestos na Sérvia - desde novembro do ano passado - têm sido, em grande parte, pacíficos e liderados por estudantes universitários.
Os manifestantes exigem que Vucic convoque eleições parlamentares antecipadas.
Os estudantes pediram também a demissão do ministro do Interior, Ivica Dacic, devido à recente violência em manifestações.
A Sérvia procura formalmente a adesão à União Europeia, mas Vucic mantém laços estreitos com a Rússia e a República Popular da China e enfrenta acusações sobre a repressão das liberdades democráticas desde que assumiu o poder, há 13 anos.
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