"Este encontro abrirá caminho para outro", declarou o Presidente norte-americano à rádio Fox News, na véspera do encontro com o líder russo, Vladimir Putin, no Alasca.
Para Trump, "o segundo encontro", com Putin e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, "será muito, muito importante, porque será um encontro em que eles chegarão a um acordo".
"E não quero usar o termo 'dividir as coisas', mas, de certa forma, não é um termo mau. Haverá concessões mútuas no que diz respeito às fronteiras, aos territórios", adiantou Trump.
Na mesma entrevista, Donald Trump estimou em "25%" o risco de fracasso do encontro com Putin na sexta-feira.
A cimeira bilateral no estado norte-americano do Alasca será centrada sobretudo nas possibilidades de paz na Ucrânia, não estando prevista a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo vários meios de comunicação social norte-americanos, que citam fontes da Casa Branca, Trump poderá pressionar Putin para obter um compromisso de cessar-fogo incondicional na Ucrânia como primeiro gesto de boa vontade em prol da paz.
O jornal New York Post, citando fontes da presidência norte-americana, afirmou que os conselheiros de Trump considerariam um sucesso obter esse compromisso por parte de Putin antes das conversações de paz em que participará o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Trump advertiu Putin na quarta-feira que a Rússia enfrentará "consequências muito graves" se não for alcançado um cessar-fogo, embora tenha assegurado que o seu principal objetivo na esperada cimeira é ouvir o líder russo e ver que progressos podem ser alcançados em reuniões posteriores.
Entre as exigências de Putin para um armistício estaria o reconhecimento por parte de Washington e Kyiv das províncias ucranianas de Donetsk e Lugansk como território russo, o que abrangeria 30% do território que Moscovo atualmente não controla, segundo o New York Post.
Putin agradeceu hoje os esforços "enérgicos" e "sinceros" de Trump para pôr fim à guerra na Ucrânia e considerou que na cimeira do Alasca poderia ser discutido um acordo de "controlo de armas estratégicas" nucleares, referindo-se ao tratado de desarmamento nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos, o START III, que expira em 2026.
[Notícia atualizada às 16h39]
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