Encontro de Trump com Putin foi "muito produtivo", mas "não há acordo"

Donald Trump e Vladimir Putin estiveram reunidos para discutir o futuro da guerra na Ucrânia, na Cimeira do Alasca. Apesar de o presidente norte-americano reconhecer que foi uma reunião "muito produtiva", o encontro terminou sem acordo.

Trump, Putin
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Márcia Guímaro Rodrigues
15/08/2025 23:54 ‧ há 5 horas por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Cimeira do Alasca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, estiveram reunidos, durante esta sexta-feira, em Anchorage, no Alasca. O encontro teve como objetivo discutir a guerra na Ucrânia, mas apesar de Trump falar numa reunião "muito produtiva" e Putin em "negociações num ambiente construtivo", o encontro terminou sem qualquer acordo

 

Vladimir Putin foi o primeiro a falar aos jornalistas - após a cimeira -, e começou a conferência de imprensa por referir que as negociações foram "realizadas num ambiente construtivo de respeito mútuo".

"Tivemos negociações muito aprofundadas que foram bastante úteis", disse, agradecendo ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, por realizar a Cimeira do Alasca.

Putin destacou, ainda, o facto de o encontro entre os dois líderes se realizar no Alasca, território que já pertenceu à Rússia, considerando que essa "herança" permitirá "restabelecer os laços entre os dois países".

O presidente russo reconheceu que a relação entre a Rússia e os Estados Unidos "caiu ao ponto mais baixo desde a Guerra Fria".

Trump e Putin assinalam sem detalhes progressos na cimeira no Alasca

Trump e Putin assinalam sem detalhes progressos na cimeira no Alasca

A reunião do Presidente norte-americano, Donald Trump, com o homólogo russo, Vladimir Putin, terminou na sexta-feira no Alasca (madrugada de hoje em Lisboa), com ambas as partes a destacar progressos, embora sem revelar detalhes sobre o conflito na Ucrânia.

Lusa | 00:53 - 16/08/2025

Ucrânia? Putin reconhece "esforços" de Trump, mas "é importante entender a história"

Sobre a Ucrânia, Putin reconheceu os "esforços do governo Trump para tentar resolver a situação", mas alertou: "É importante entender a história".

"Para encontrar uma paz duradoura, devemos levar em conta todas as preocupações legítimas da Rússia, e concordamos com o presidente Trump que a segurança da Ucrânia deve ser garantida. Espero que o acordo que alcançamos abra caminho para a paz e que a Europa não use provocações para minar esse acordo", destacou Putin.

O presidente russo reconheceu, à semelhança do que Trump tem afirmado, que a invasão russa da Ucrânia não teria acontecido se o republicano fosse presidente dos Estados Unidos em 2022.

"Tentei convencer o meu ex-colega americano [Joe Biden] em 2022 de que a situação não deveria chegar a um ponto sem retorno. Hoje, quando o presidente Trump diz que, se ele fosse presidente na altura, não teria havido guerra, posso garantir-lhe isso", atirou.

O líder russo deixou ainda Trump o convite para que uma próxima cimeira seja realizada em Moscovo.

Trump destaca "reunião muito produtiva", mas "não há acordo"

Já Donald Trump começou por destacar que teve uma "reunião muito produtiva" com Vladimir Putin, com quem sempre teve "um bom relacionamento".

"Quero agradecer ao Sr. Putin e esperamos reuniões mais produtivas no futuro", acrescentou, frisando que esperava um "encontro em breve".

Sobre a reunião, Trump afirmou que "houve muitos, muitos pontos" em que os dois líderes concordaram, mas não foi possível chegar a um acordo. "Ainda não chegámos lá, fizemos alguns progressos... Não há acordo até que haja um acordo", frisou.

"Tivemos uma reunião extremamente produtiva e muitos pontos foram acordados, restam muito poucos. Alguns não são tão significativos, um é provavelmente o mais significativo, mas temos boas hipóteses de chegar lá", reiterou. 

Donald Trump afirmou também que irá "fazer algumas chamadas" para "contar a reunião de hoje" à aliança transatlântica NATO e ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Trump e Putin estiveram reunidos desde as 11h30 locais (20h30 em Lisboa) até perto das 14h20 (23h20), na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage.

Os dois líderes chegaram com pouco tempo de diferença ao Alasca, com o avião Air Force One a aterrar na base aérea pelas 10h30 locais (19h30) e o Ilyushin IL-19 a pousar cerca de meia hora depois.

Trump foi o primeiro a sair do seu avião e esperou Putin na placa do aeroporto militar, batendo-lhe palmas por três vezes. Os dois líderes cumprimentaram-se com um aperto de mão e depois seguiram na mesma viatura para a esperada cimeira. 

A caminho do Alasca, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, indicou que o encontro a sós entre Trump e Putin, apenas com os respetivos intérpretes, já não iria acontecer e foi alargado, do lado de Washington, ao secretário de Estado, Marco Rubio, e ao enviado especial Steve Witcoff.

Da parte russa, Putin foi acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e pelo conselheiro diplomático presidencial Yuri Ushakov.

[Notícia atualizada às 00h55]

Leia Também: Terminou encontro entre Putin e Trump. Eis o (pouco) que se sabe

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