"O Egito observa que, através dos seus contactos, países que, segundo informações, teriam concordado em receber palestinianos expressaram rejeição a esses planos repreensíveis", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado, sem mencionar as nações com as quais manteve conversas.
De acordo com fontes israelitas citadas pela imprensa norte-americana na última semana, Israel estabeleceu contactos com o Sudão do Sul, Somalilândia, Etiópia, Líbia e Indonésia para receber um grande número de palestinianos de Gaza em troca de ajuda financeira.
Alguns países, como o Sudão do Sul, rejeitaram estas informações e condenaram publicamente as tentativas de Israel de deslocar à força os palestinianos.
"O Egito reitera a sua rejeição categórica de deslocamento de palestinianos e apela aos países para que não participem neste crime hediondo", é referido o comunicado, acrescentando que o Cairo tem acompanhado "com profunda preocupação os recentes relatos de consultas israelitas com alguns países para aceitar a deslocação de palestinianos".
De acordo com a nota, "isso faz parte de uma inaceitável política israelita que visa esvaziar as terras palestinianas dos seus habitantes, ocupá-las e liquidar a causa palestina".
"O Egito também afirma que não aceitará nem participará de tal deslocamento, considerando-o uma injustiça histórica sem justificativa moral ou legal. O Egito não permitirá", lê-se no comunicado, onde o Ministério pede aos países "amantes da paz que se abstenham de participar deste crime imoral".
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