Chefes de Estado-Maior da NATO reúnem-se 4.ª-feira por videoconferência

Os chefes de Estado-Maior das Forças Armadas dos países membros da NATO vão reunir-se na quarta-feira por videoconferência para debater o conflito na Ucrânia e o "progresso dos esforços diplomáticos", anunciou hoje a Aliança Atlântica.

Aliados da NATO reúnem-se em Haia

© REMKO DE WAAL/ANP/AFP via Getty Images

Lusa
19/08/2025 19:19 ‧ há 2 horas por Lusa

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Estão em curso negociações importantes entre os aliados de Kyiv para determinar que tipo de garantias de segurança poderá a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) oferecer à Ucrânia no caso de um acordo de paz com Moscovo, a fim de evitar qualquer novo ataque russo ao país.

 

Estas conversações aceleraram fortemente desde a cimeira de 15 de agosto entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, à qual se seguiu, na segunda-feira, uma reunião na Casa Branca entre Donald Trump, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e alguns líderes europeus.

Nos próximos dias, está prevista uma série de reuniões a diversos níveis e formatos para debater as garantias de segurança possíveis.

"Amanhã [quarta-feira], por videoconferência, vou organizar uma reunião dos chefes de Estado-Maior das 32 nações aliadas", afirmou hoje o almirante Giuseppe Cavo Dragone, que preside ao Comité Militar da NATO, na rede social X.

Hoje, a "coligação dos voluntários" - cerca de 30 países, sobretudo europeus - reuniu-se para debater as mesmas questões.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado, em ofensivas com 'drones' (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, após um longo impasse nas conversações entre Moscovo e Kiev, realizou-se na passada sexta-feira uma cimeira no Alasca entre Trump e Putin sobre a guerra na Ucrânia, com a possibilidade de um cessar-fogo como a principal questão em debate, mas não foram alcançados quaisquer resultados.

A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões -- Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia.

Leia Também: NATO diz que EUA participarão nas garantias de segurança para Kyiv

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