As declarações de Zelensky foram prestadas na quarta-feira a um grupo de jornalistas, incluindo da Agência France Presse, mas sob embargo até hoje de manhã.
"Em primeiro lugar, a China não nos ajudou a acabar com esta guerra desde o início. Em segundo lugar, a China ajudou a Rússia abrindo o mercado dos 'drones'", disse Zelensky sobre as posições de Pequim face ao conflito.
"Não precisamos de garantias que não ajudem a Ucrânia", acrescentou o Presidente da Ucrânia.
Zelensky referiu-se também ao eventual encontro bilateral Ucrânia-Rússia, no quadro dos contactos diplomáticos estabelecidos nos últimos dias, afirmando que o encontro com o Presidente da Rússia pode ocorrer na Suíça, na Áustria e na Turquia.
Zelensky disse ainda que acredita que um encontro com Vladimir Putin "é possível após um acordo sobre garantias de segurança para Kyiv".
Na mesma conferência de imprensa, o Presidente ucraniano disse que a Rússia está a concentrar tropas na região ocupada de Zaporijia, no sul da Ucrânia, preparando uma potencial ofensiva.
Segundo Zelensky, Moscovo está a transferir as forças da região russa de Kursk para Zaporijia, na Ucrânia.
Em questões relacionadas com armamento, o presidente ucraniano afirmou que Kyiv testou com "sucesso" um novo míssil com um alcance de três mil quilómetros.
O míssil "Flamingo" pode começar a ser produzido em grande escala a partir do início do próximo ano, de acordo com Zelensky.
O Presidente ucraniano revelou ainda que pediu ao homólogo norte-americano, Donald Trump, para "convencer" o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, para desbloquear a abertura das negociações sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.
"Pedi ao presidente [Donald] Trump que garantisse que Budapeste não bloqueava a nossa adesão à União Europeia. O presidente Trump prometeu que a equipa norte-americana vai trabalhar no assunto", disse Zelensky.
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