Zelensky rejeita garantias de segurança por parte de Pequim: "Não ajudam"

O Presidente da Ucrânia disse que a República Popular da China não pode ser uma garantia de segurança para a Ucrânia "contra a Rússia", referindo-se diretamente ao apoio de Pequim a Moscovo.

volodymyr zelensky

© Stefano Costantino/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
21/08/2025 09:55 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

As declarações de Zelensky foram prestadas na quarta-feira a um grupo de jornalistas, incluindo da Agência France Presse, mas sob embargo até hoje de manhã.

 

"Em primeiro lugar, a China não nos ajudou a acabar com esta guerra desde o início. Em segundo lugar, a China ajudou a Rússia abrindo o mercado dos 'drones'", disse Zelensky sobre as posições de Pequim face ao conflito. 

"Não precisamos de garantias que não ajudem a Ucrânia", acrescentou o Presidente da Ucrânia.

Zelensky referiu-se também ao eventual encontro bilateral Ucrânia-Rússia, no quadro dos contactos diplomáticos estabelecidos nos últimos dias, afirmando que o encontro com o Presidente da Rússia pode ocorrer na Suíça, na Áustria e na Turquia.

Zelensky disse ainda que acredita que um encontro com Vladimir Putin "é possível após um acordo sobre garantias de segurança para Kyiv".

Na mesma conferência de imprensa, o Presidente ucraniano disse que a Rússia está a concentrar tropas na região ocupada de Zaporijia, no sul da Ucrânia, preparando uma potencial ofensiva.

Segundo Zelensky, Moscovo está a transferir as forças da região russa de Kursk para Zaporijia, na Ucrânia.

Em questões relacionadas com armamento, o presidente ucraniano afirmou que Kyiv testou com "sucesso" um novo míssil com um alcance de três mil quilómetros.

O míssil "Flamingo" pode começar a ser produzido em grande escala a partir do início do próximo ano, de acordo com Zelensky.  

O Presidente ucraniano revelou ainda que pediu ao homólogo norte-americano, Donald Trump, para "convencer" o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, para desbloquear a abertura das negociações sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia.

"Pedi ao presidente [Donald] Trump que garantisse que Budapeste não bloqueava a nossa adesão à União Europeia. O presidente Trump prometeu que a equipa norte-americana vai trabalhar no assunto", disse Zelensky.

Leia Também: Zelensky pediu a Trump para que Hungria permita adesão à UE

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