As duas crianças que estavam desaparecidas na praia fluvial do Areinho, em Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia, foram encontradas com vida e bem de saúde, confirmou fonte dos Bombeiros de Avintes ao Notícias ao Minuto.
De acordo com a mesma fonte, os menores, ambos com 10 anos, foram encontrados em terra, sem qualquer ferimento.
Nenhuma das crianças necessitou de assistência médica.
O alerta para o desaparecimento foi dado pelas 10h, via INEM.
As buscas decorreram tanto no rio Douro como em terra. No local estiveram 15 elementos, cinco veículos terrestres e uma embarcação.
Felizmente, duas horas depois do alerta, as crianças foram encontradas com vida.
Só até maio, 49 pessoas já tinham morrido afogadas
Recorde-se que, segundo a agência Lusa, morreram 49 pessoas afogadas em Portugal continental até ao final de maio, o terceiro valor mais alto desde 2017, apenas superado por 2024 (58) e 2022 (52) no mesmo período.
Os dados do relatório do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS) não deixam margem para dúvidas.
De acordo com ele, a maior parte das mortes ocorridas nos cinco primeiros meses do ano sucederam no rio (22), seguido no mar (19), poço (5), aqueduto (1), piscina pública (1) e piscina privada (1).
A maioria das pessoas que morreram por afogamento eram homens (64,3%) com idades entre os 25 e os 29 anos.
A Federação destaca igualmente que a maioria dos afogamentos foram em locais não vigiados e não presenciados.
Quanto à distribuição geográfica, 25% dos casos aconteceram no distrito do Porto, 17,9% em Lisboa e 10,7% em Aveiro.
FEPONS pede reforço de medidas de prevenção
Na nota, a FEPONS alerta para a importância de reforçar as medidas de prevenção e educação para o risco aquático, especialmente com a aproximação do verão, período historicamente mais crítico.
"Reforçamos o apelo a comportamentos seguros junto da água, à vigilância adequada dos espaços balneares e à presença de nadadores salvadores qualificados", refere a FEPONS.
O Observatório do Afogamento é um sistema criado pela Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, para contabilizar as mortes por afogamento em Portugal.
O registo é realizado por links de recortes de jornal ou imagens destes.
A época balnear deste ano tem mais 10 praias vigiadas, num total de 605, informou no início do mês o Governo, que apelou à população para que cumpra as orientações de segurança.
De acordo com o Ministério do Ambiente e Energia, foram oficialmente reconhecidas 740 praias, das quais 605 têm vigilância por nadadores-salvadores - mais 10 praias vigiadas do que no ano passado.
Em 2025, Portugal conta com 673 águas balneares identificadas, mais nove do que em 2024, sendo áreas que podem corresponder a mais do que uma praia.
Perante o número de afogamentos deste ano, o Executivo AD decidiu que, no próximo ano, as praias portuguesas vão ter vigilância fora da época balnear para tentar evitar mortes por afogamento.
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