Um camião dos bombeiros despistou-se, durante a tarde desta segunda-feira, na Autoestrada 3 (A3), na zona de Rebordões, em Ponte de Lima. Segundo adiantou o Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho ao Notícias ao Minuto, o veículo ia reforçar o dispositivo de combate às chamas em Ponte da Barca.
O despiste provocou cinco feridos, todos considerados ligeiros, que serão encaminhados para o hospital de Viana do Castelo.
O veículo acidentado pertencente à corporação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem.
De acordo com a Proteção Civil, o alerta para o despiste foi dado pelas 14h27, ao quilómetro 71.5 da A3, no sentido Porto/Valença.
No local encontram-se 28 operacionais, apoiados por 13 viaturas, incluindo várias corporações de bombeiros de Braga, Barcelinhos e Ponte de Lima, além do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
A fonte da GNR revelou que os cinco bombeiros foram conduzidos ao hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil referiu em comunicado que "as vítimas foram de imediato assistidas no local por equipas do INEM e dos bombeiros" e disse estar a "acompanhar a evolução da situação" de saúde dos cinco bombeiros feridos.
Recorde-se que o fogo deflagrou no sábado à noite em Parada, na freguesia do Lindoso, no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Às 15h40, segundo a Proteção Civil, estavam mobilizados nove meios aéreos, 380 operacionais e 119 viaturas de várias zonas do país para este incêndio.
Devido a este incêndio, a Câmara de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo acionou, esta segunda-feira, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC).
Segundo o presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, os "muitos reacendimentos" do incêndio estão "a complicar muito" o combate às chamas.
"É um cenário muito complicado, com uma extensão grande, com muitos reacendimentos, reacendimentos próximos das populações. Há sítios em que a população está sozinha porque os meios estão empenhados em vários teatros, não se podem desdobrar. Se não fosse uma frase banal, descrevia a situação como o inferno na Terra", afirmou.
Em declarações à agência Lusa, o responsável referiu que o secretário de Estado da Administração Interna disse que o incêndio com duas frentes "é mais preocupante na Ermida, em Parada, e Cidadelhe".
"No lugar da Igreja, em Entre-Ambos-os-Rios, também está complicado. A antiga escola primária e uma casa situadas num local mais isolado estavam em risco. O vento muda de direção e surgem novos focos. É muito vento, é muito calor e um terreno muito difícil", referiu.
Augusto Marinho adiantou que, "graças aos operacionais no terreno, para já, não há ainda casas" afetadas.
Já Carlos Pereira, adjunto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que, pelas 12h00, não havia "populações afetadas".
"Não houve necessidade de evacuar nenhuma habitação, nenhuma população, ou nenhuma aldeia em geral", frisou.
Questionado sobre o que pode explicar que o fogo tenha deflagrado durante a noite, o adjunto da ANEPC sublinhou que "é uma situação que as autoridades competentes, nomeadamente a GNR", estão no local a avaliar.
[Notícia atualizada às 16h36]
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