Num comunicado enviado à agência Lusa, pelas 17h40, o Serviço Municipal de Proteção Civil apelou às populações das localidades de Paradanta, Vale de Figueira, Partida, Ribeira de Eiras, Rochas de Cima, Pereiros e São Vicente da Beira para "que adotem comportamentos de autoproteção e se mantenham em confinamento nas suas freguesias [São Vicente da Beira e Almaceda]", onde devem escolher uma zona segura para permanecer.
O alerta é justificado devido à aproximação ao concelho de Castelo Branco do incêndio que lavra em várias frentes no concelho vizinho do Fundão, "com grande extensão e gravidade".
A Proteção Civil Municipal pediu ainda à população para que "evite deslocações desnecessárias, para minimizar riscos e para não interferir com as operações de socorro".
É ainda importante que todos sigam as indicações das autoridades no terreno.
O incêndio que lavra no Fundão tem três frentes ativas que preocupam, uma proveniente do fogo da Covilhã em Silvares, uma frente que circundou Lavacolhos, e, outra, com progressão "mais devastadora", em direção à Enxabarda.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Arganil evoluiu em várias direções, como Seia (Guarda), chegou na noite de domingo ao município da Covilhã e hoje passou para o concelho do Fundão.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.
Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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