Chegou ao fim, esta quarta-feira, o debate sobre o Programa do XXV Governo Constitucional, com o chumbo da moção de rejeição apresentada pelo Partido Comunista Português (PCP).
Durante as várias intervenções, os partidos lembraram a importância do "diálogo" e de se ser uma "oposição construtiva". No final, apesar das críticas ao programa de Luís Montenegro, os partidos decidiram chumbar a Moção de Rejeição apresentada pelo PCP, viabilizando assim o documento.
A moção teve os votos a favor do Bloco de Esquerda, que disse que o programa "era mais do mesmo", do PCP que acusou o Governo de "arrogância e pouco respeito", e do Livre que considerou que o programa não está "à altura de quem lutou tanto pela democracia".
O PAN, que prometeu manter-se na "oposição construtiva", decidiu abster-se na votação.
"Portugal precisa de mais do que palavras bonitas", defendeu o JPP, que votou contra a moção, enquanto João Almeida, do CDS, disse que o Governo precisava de tempo "para poder ter estabilidade". A Iniciativa Liberal também votou contra a moção do PCP embora tenha considerado que o programa é "um texto tímido e vago". O PS também aprovou o documento sob a promessa de que "fiscalizaremos a ação do governo com dignidade”.
André Ventura lembrou que os portugueses "deram um papel de liderança" ao Chega nas eleições de 18 de maio e garantiu ao primeiro-ministro que "levará a sério o trabalho de liderar a oposição".