Em declarações perante cerca de 400 pessoas num jardim anexo à Torre dos Clérigos, o candidato da coligação "O Porto Somos Nós", que reúne a IL, CDS-PP e independentes, explicou algumas das medidas anunciadas.
Sobre o projeto de tornar grátis todos os transportes públicos da cidade para os residentes, o candidato da coligação explicou que numa primeira fase "irão aumentar em mais um euro, a taxa turística, quer passará para quatro euros, equiparando ao que acontece em Lisboa".
O projeto tem um custo anual estimado de 25 milhões de euros que o candidato, para além da taxa turística quer financiar com recurso a programas europeus e ao aumento do custo de estacionamento para os não residentes.
"Não ponho de parte a hipótese de, nos anos subsequentes, se virmos que há necessidade de filtrar aquilo que é o turismo na cidade e, por outro lado, se precisarmos de mais receita para financiar esta medida dos transportes gratuitos, de podermos aumentar até mais um euro, portanto até aos cinco euros", acrescentou.
Pedro Duarte justificou a medida hoje anunciada por considerar importante criar respostas "que atenuem a entrada massiva" de carros vindos de fora da cidade, um projeto, ainda assim, que quer levar aos concelhos vizinhos, para estimular os outros autarcas a seguirem esta ideia.
Ainda sobre o tema da mobilidade, o candidato admitiu o recurso ao controlo de algumas zonas da cidade, através da tecnologia que permite, por exemplo, ser de acesso apenas para residentes", precisando, contudo, que ainda não está a pensar nessa fase, mas sim em cativar os colegas dos municípios vizinhos a adotar também o controlo hoje anunciado
"É ambiciosa, é difícil, mas eu gosto de desafios difíceis", disse o ex-ministro dos Assuntos Parlamentares.
Questionado sobre a plantação de 15 mil árvores na cidade, Pedro Duarte respondeu com outros números, reportando-se a "um plano de arborização na cidade que mostra que há cerca de 216 quilómetros de ruas que são arborizáveis".
"Isto é exequível, havendo vontade política e há vontade política, para também aqui o Porto marcar a diferença. Portanto, ser uma cidade mais verde do que as outras, nomeadamente com árvores, que nós sabemos que têm um efeito excelente para todos nós em muitos aspetos, designadamente para combater o problema das alterações climáticas, que tem estado um bocadinho esquecido da agenda internacional, pelas piores razões (...) mas a verdade é que não desapareceu e nós continuamos a precisar de ter uma política de sustentabilidade também ao nível das cidades", sublinhou.
Sobre a sua candidatura, insistiu que "não discrimina nenhum portuense" e sobre o facto de havendo tantas candidaturas poder enfrentar, uma vez eleito, uma câmara ingovernável, Pedro Duarte manifestou otimismo no seu projeto e no "sentido de responsabilidade por parte de todos" para que isso não seja um entrave.
Questionado sobre, se pudesse, se revertia o projeto Metrobus na Avenida da Boavista, o candidato respondeu afirmativamente embora admita que já esteja "num momento em que isso não é exequível".
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