O Partido Socialista (PS) desmentiu, esta sexta-feira, que uma militante do Barreiro esteja ligada a grupos extremistas, esclarecendo que a pessoa em causa se desvinculou do partido no ano passado.
Em comunicado, o PS esclarece que a "cidadã em questão deixou de ser militante do Partido Socialista em 16 de outubro de 2024", nunca tendo exercido "qualquer cargo autárquico ou executivo em nome do Partido Socialista".
Além do mais, segundo a referida nota, "até à data da sua desvinculação, nunca foram conhecidos pela estrutura concelhia do PS Barreiro indícios, sinais públicos ou comportamentos associados ao extremismo ou a ideologias contrárias aos valores do Partido Socialista".
Em causa está uma notícia publicada na quinta-feira pelo Diário do Distrito, que dá conta de que Vanda Rute Silva Loureiro pertence ao grupo de extrema-direita 1143, que tem organizado manifestações contra a imigração.
Escreve aquele jornal que Vanda foi convidada a integrar as listas da comissão política do PS Barreiro numa altura em que namorava com o deputado André Pinotes Batista, tendo-se radicalizado após a separação. Depois disso, passaram a ser recorrentes os ataques e críticas aos socialistas nas suas redes sociais.
Segundo um comunicado enviado às redações ao final da tarde desta sexta-feira pelo PS, Vanda Rute Silva Loureiro deixou o partido mediante um "pedido formal da própria, estando o processo devidamente registado nos serviços do Partido".
Assim sendo, a estrutura concelhia do PS Barreiro "já avançou com um pedido de direito de resposta" e vai participar do ocorrido à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e fazer queixa ao Ministério Público (MP), "com vista à reposição da verdade e à salvaguarda do bom nome do Partido e dos seus dirigentes".
"O Partido Socialista reafirma a sua total intransigência perante qualquer forma de extremismo, racismo ou discurso de ódio, valores absolutamente incompatíveis com a sua história, identidade e compromisso democrático", lê-se no mesmo esclarecimento.
O grupo 1143, que promove a manifestação contra os imigrantes e tem como porta-voz o militante de extrema-direita Mário Machado, é um grupo ultranacionalista e neonazi português.
Leia Também: Candidata do PS exige "responsabilidades" após buscas à Câmara de Oeiras