"Nos tempos que vivemos, muitos políticos têm a tentação de ceder à política-espetáculo, à vertigem do momento, de procurar o vedetismo individual. Fazem-no impondo um custo às nossas sociedades, tomam decisões precipitadas, exploram medos e receios, inflamam as emoções", criticou, na sua primeira declaração como líder do PS após as eleições diretas dos últimos dois dias.
Segundo José Luís Carneiro, "esses políticos podem ter a vida mediática fácil", mas levam as sociedades "para o atraso" e "minam a coesão social"
"Uns, como os populistas, fazem-no de modo histriónico, pregando o ressentimento, acirrando os ódios e mobilizando as bolsas de descontentamento reais e ficcionadas. Outros, como os conservadores e os neoliberais, fazem-no mais discretamente", apontou.
O novo líder do PS prometeu uma "postura diferente".
"Procuro ser uma pessoa ponderada. Tenho bem a consciência de que, também na política, uma vida ou uma opção não refletida não é uma vida nem uma opção vivida. Procuro ter sentido de responsabilidade", comprometeu-se.
Carneiro quer reerguer o PS e quer "dar passos sólidos".
"Sabendo o que queremos e para onde vamos. Sem precipitações. Sem tentações táticas. Sem nos concentrarmos excessivamente em questões conjunturais", enfatizou.
Segundo o socialista, a sua "experiência diversificada" de vida fez dele "uma pessoa compreensiva e determinada, firme, serena e tranquila", comprometendo-se a honrar as responsabilidades que assumiu.
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