Primeiro-ministro não exclui futura privatização total da TAP

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, não excluiu hoje uma futura privatização total da TAP, afirmando que é a favor dessa opção, mas que quis ser prudente e optou nesta fase por uma operação que tivesse apoio político.

LISBON, PORTUGAL - JUNE 17: Portuguese Prime Minister Luis Montenegro uses a telephone before delivering his opening remarks to present governmental program before the Portuguese Parliament on June 17, 2025, in Lisbon, Portugal. The Portuguese XXV Constit

© Getty Images

Lusa
17/07/2025 17:12 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Estado da Nação

O chefe do Governo PSD/CDS-PP foi questionado sobre este assunto durante o debate sobre o estado da nação na Assembleia da República pela líder parlamentar e candidata única à liderança da IL, Mariana Leitão, que o acusou de "falta de coragem" por avançar apenas com uma privatização parcial da companhia aérea.

 

"Relativamente à TAP, eu percebo, a senhora deputada defende uma privatização total, e eu também não escondo que é a minha opinião. Mas nós temos de ser realistas e temos de ser prudentes. Esta é uma primeira fase, 49,9% do capital", começou por responder o primeiro-ministro.

Luís Montenegro afirmou que nesta fase o Governo irá verificar "o alcance das propostas" apresentadas e se elas se coadunam com o "objetivo de viabilizar a companhia, de perspetivar o seu crescimento".

"Mas nós vamos, evidentemente, a partir daí, ver o que é que se pode fazer numa segunda fase", acrescentou.

Antes, a líder parlamentar da IL defendeu que "o mínimo exigível era uma privatização total, algo que, pasme-se, até António Costa chegou a defender" e perguntou ao primeiro-ministro se "vai ter a coragem de fazer aquilo que já deveria ter sido feito há muito tempo e aliviar os portugueses deste fardo ou vai continuar a manter a TAP nas mãos do Estado".

Luís Montenegro contrapôs que o Governo PSD/CDS-PP - que não dispõe de maioria absoluta no parlamento - tinha de "garantir condições políticas e também já agora comerciais para ter uma boa operação".

"E foi isso que nós fizemos. Fomos mais prudentes? Fomos sim senhora. Mas fomos conscientes. A senhora deputada queria que nós fizéssemos uma proposta que se coadunasse mais com a IL, e depois ela ia esbarrar no parlamento e sabe o que é que ia acontecer no final do dia? Ia ficar tudo na mesma", argumentou.

Segundo o primeiro-ministro, "a IL quer mudar tudo e depois fica tudo na mesma", enquanto o Governo quer "mudar aquilo que é possível para ir paulatinamente conquistando sucessos que se repercutem na vida do país".

Leia Também: AO MINUTO: "Fanfarrão" leva a tensão na AR; "Apagão nas políticas"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas