"Chegou a hora de Luís Montenegro decidir se quer ser António Costa"

A nova líder da IL, Mariana Leitão, acusou hoje o primeiro-ministro de apresentar medidas que "parecem tiradas diretamente do caderno de encargos do PS", desafiando-o a escolher se quer ser uma cópia de António Costa.

Mariana Leitão, Iniciativa Liberal

© Júnior de Vecchi/ Iniciativa Liberal

Lusa
19/07/2025 21:27 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

No seu primeiro discurso enquanto nova líder da IL, na X Convenção Nacional do partido, em Alcobaça, Leiria, Mariana Leitão considerou que, no debate do estado da nação, esta quinta-feira na Assembleia da República, o Governo voltou a mostrar "que a tão prometida mudança afinal não passou de 'marketing político'".

 

"O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reforçou, mais uma vez, que a AD, por si, não será capaz de trazer quaisquer reformas ou mudança para o país", considerou.

Para Mariana Leitão, "o momento das mudanças sérias e da ambição reformista é agora, não é no final da legislatura que se começa a mudar o país".

"O momento das propostas arrojadas é agora e, até agora, nada se viu. O chamado alívio fiscal vale quatro euros por mês. E, depois, não hesita a gastar 400 milhões de euros em despesa extraordinária para efeitos eleitoralistas", criticou, numa alusão à proposta de suplemento extraordinário para pensionistas aprovada esta sexta-feira em Conselho de Ministros.

A nova líder da IL acusou ainda a AD de fazer uma privatização da TAP "à medida do PS de Pedro Nuno Santos", de, na saúde, continuar "a grande promessa de mudanças que nunca chegaram" e, na habitação, só fazer "incentivos à procura, sem qualquer incentivo à construção".

"O primeiro-ministro apresentou um conjunto de medidas que parecem tiradas diretamente do caderno de encargos do PS. Subsídios, cheques disto e daquilo promessas vagas de investimento público, tudo menos reformas estruturais, tudo menos coragem política", acusou.

Para Mariana Leitão, "trata-se de uma cópia do modelo que já era seguido por António Costa".

"E chegou a hora de Luís Montenegro decidir se quer ser António Costa", desafiou.

No entanto, a líder da IL considerou que, até agora, tem havido "péssimos sinais de um Governo que apenas há um ano dizia que era para mudar" e que, nessa altura, não tinha maioria, mas agora "reforçou-a".

"E, no entanto, parece que nada mudou. O estado da nação é isto: um país exausto de pagar tanto e receber tão pouco e um Governo que se comporta como se governasse há dez anos", acusou.

Depois, Mariana Leitão disse que Montenegro está no seu direito quando "diz que quer governar ao centro", mas avisou que, "quanto mais o centro for sinónimo de imobilismo, mais força ganharão as soluções extremistas".

"Se mais e mais moderados são derrotados pelo mundo fora, é porque muitos deles cruzaram os braços e insistiram na estabilidade sem rumo. Enquanto os portugueses não virem um rumo, um caminho para um país melhor, continuarão a apostar mais no extremismo", disse.

Neste contexto, Mariana Leitão disse que a IL representa uma "verdadeira alternativa" e deve "devolver a confiança ao país",

"Não estamos aqui apenas por discordar dos outros. Estamos aqui porque temos uma visão alternativa para o país", afirmou, acrescentando que os portugueses esperam da IL "mais do que crítica".

"Esperam visão, esperam coragem, esperam uma alternativa verdadeira. É isso que lhes vamos dar", prometeu.

Leia Também: Após ser eleita, Mariana Leitão pede que IL deixe "disputas internas"

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