Líder do PS "preocupado" com falta de medidas para combater a pobreza

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, aconselhou hoje, no Porto, o primeiro-ministro a "concentrar-se" no que deve fazer, para responder às preocupações com a pobreza, com as desigualdades, e não deixar que este tema saia da agenda política.

José Luís Carneiro

© PS/ José António Rodrigues

Lusa
21/07/2025 14:52 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

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José Luís Carneiro, que hoje reuniu com o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza, no Porto, foi questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Luís Montenegro que, em entrevista à Antena 1, pediu ao PS que mostre "humildade democrática neste novo tempo político" e elogiou o Chega.

 

O líder socialista respondeu que "foi com tristeza" que verificou que, na apresentação do seu balanço do Governo, do Estado da Nação, esta prioridade - a pobreza - não tenha estado na agenda política do Governo.

"O que me deixou preocupado", disse, referindo que foi por esse o motivo que decidiu reunir-se com a Rede Europeia Anti Pobreza, no Porto.

O primeiro-ministro "tem que se concentrar nas respostas às necessidades das pessoas. Concentrar-se nas preocupações com a habitação, preocupar-se com uma resposta capaz na saúde, preocupar-se com os indicadores relativos à economia e preocupar-se com os indicadores da pobreza e das desigualdades, o que não é pouco", afirmou.

Perante a insistência dos jornalistas, José Luís Carneiro considerou que "não são precisos mais fatores de distração da opinião pública", sublinhando que o Partido Socialista "está onde sempre esteve".

"Nós somos um partido de grande responsabilidade com a vida do nosso país, com o seu desenvolvimento económico, com o seu desenvolvimento social", sustentou.

No domingo, "estive com empresários em Guimarães que contribuem para a riqueza do país. Temos que pôr a nossa economia a crescer e vejo com preocupação a incapacidade de respostas do Governo, nomeadamente, aos efeitos das tarifas que vão ser adotadas por parte dos Estados Unidos da América", referiu.

"Até agora não se conhece quais são as propostas para procurar apoiar os nossos empresários, portanto, preocupo-me com o crescimento da economia e a criação de riqueza no país, mas preocupo-me também com o facto de que essa riqueza que venha a ser criada no país possa contribuir para ultrapassar as desigualdades", acrescentou.

O presidente da Rede Europeia Anti Pobreza, padre Jardim Moreira, lamentou, em declarações aos jornalistas, que "este problema" da pobreza em Portugal esteja "menos ativo na mesa política" e defendeu que os portugueses devem ser olhados "com todo o respeito e dignidade a que têm direito".

"Achamos que, neste momento, é importante que a pobreza seja assumida por todos os ministérios, porque é um problema do país e do Governo, e esperamos que as autarquias, neste contexto de transferência de competências do poder central para as autarquias, assumam, de facto, a proximidade e deem uma resposta às famílias que têm problemas de desintegração ou de desumanização ou de exclusão social", afirmou.

Jardim Moreira defendeu ainda que as empresas têm também "um papel fundamental, neste momento, na construção de um projeto de formação e de inclusão das pessoas que estão desempregadas ou sem abrigo".

Leia Também: Passos e Sousa Pinto coordenam estudo sobre reforma do sistema político

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