Forças Armadas nos incêndios? Ministro da Defesa "faltou à verdade"

O líder do PS afirmou hoje que o ministro da Defesa "fez afirmações infundadas" e "faltou à verdade" sobre meios aéreos de luta contra os fogos, frisando que foram os socialistas a "garantir" capacidade de combate aos KC 390.

PS: Secretário-geral José Luis Carneiro participa em encontro de jovens

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Lusa
14/08/2025 18:12 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

José Luís Carneiro

"O ministro da Defesa fez afirmações infundadas. Foi precisamente o governo anterior [do PS] que procedeu à resolução do Conselho de Ministros para aquisição dos meios aéreos até 2029, nomeadamente os novos 'Canadair'", afirmou José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas antes de um encontro com jovens no centro de Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo.

 

O secretário-geral do PS assinalou ainda que Nuno Melo "faltou também à verdade ao dizer que foram os governos anteriores a impedir as Forças Armadas de cooperar" no combate às chamas, pois "o governo anterior permitiu, com o novo sistema de Proteção Civil, que as Forças Armadas cooperem em funções civis para a fiscalização, patrulhamento, e a preparação dos meios aéreos para poderem operar".

"Mais: o KC 390, que começou a ser entregue e que prevê que se possa acoplar capacidades de combate aos incêndios. Pois foi o governo anterior a garantir que isso ficava no contrato", garantiu.

Carneiro esclareceu que os KC 390 não foram comprados pelo governo anterior porque "a empresa e a indústria que os fabricava deixou de os fabricar e foi preciso a Europa fazer uma encomenda conjunta para aceitarem voltar a fabricar".

O líder socialista vincou também que "todo o projeto de adaptação dos C 130 ao combate aos incêndios estava em curso e foi desencadeado pelos governos do PS".

"É preciso perguntar se, quando eu propus que se avançasse com a ativação do P3 da Força Aérea para se articular na vigilância aérea com a GNR, se esse P3 foi utilizado e se foi utilizado nos termos em que devia para garantir essa fiscalização", observou.

De acordo com a RTP, o ministro da Defesa afirmou que só não há Forças Armadas a combater incêndios porque "o poder político retirou o Estado do combate".

A 6 de agosto, o ministro da Defesa Nacional anunciou que o Estado vai adquirir dois 'kits' de combate aos incêndios florestais para equipar duas aeronaves C-130, num investimento de cerca de 16 milhões de euros.

Questionado sobre a notícia do jornal Público, que dá conta de que a Força Aérea Portuguesa tem 10 aeronaves (três aviões KC-390 sete helicópteros Koala) que podiam ser usadas para combater incêndios rurais, mas não os utiliza para este fim porque o Estado não comprou os 'kits' que permitem adaptar os aparelhos para esta missão, Melo explicou que esses equipamentos estão pensados para outro tipo de funções.

"KPC-390 não tem nada a ver com kits de incêndios, muito embora, por exemplo, no Brasil, alguns recebem kits de incêndios para cenários completamente diferentes (...) que não tem nada a ver com a realidade portuguesa. Portugal tem uma dimensão e uma natureza, o Brasil tem outra e para Portugal os C-130 são aviões muito melhor preparados", detalhou.

Sobre os Koala, Nuno Melo afirmou que estão a ser utilizados nos incêndios para o "transporte de operacionais, entre outras coisas" e que "nem sequer é correto dizer-se que não estão a ser utilizados".

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