O Flamengo qualificou-se, na madrugada de quarta para quinta-feira, para os quartos de final da Taça Libertadores depois de eliminar o Internacional. O conjunto do Rio de Janeiro atravessa uma boa fase da temporada e lidera o Brasileirão à frente do Palmeiras, de Abel Ferreira, e do Cruzeiro, de Leonardo Jardim.
O bom momento de forma do Mengão levou alguns adeptos a compararem o atual Flamengo ao de Jorge Jesus, agora a orientar o Al Nassr, de João Félix e de Cristiano Ronaldo. No pós-jogo, Filipe Luís, que chegou a conquistar a Libertadores enquanto jogador, então orientado por Jorge Jesus, recusou qualquer tipo de comparações com o técnico português.
"Cada jogo tem suas dificuldades. Viemos de ganhar do campeão do mundo do Mundial de Clubes, difícil dizer qual foi o nosso melhor jogo. O nosso grupo está a reinventar-se, são muitas peças novas que chegaram, algumas importantes que saíram. Era muito importante esta vitória para dar força e credibilidade ao grupo, que já era muito forte e tem tudo para se fortalecer ainda mais", começou por dizer Filipe Luís, logo após a vitória contra o Internacional (2-0).
Em 2019, ano em que venceu a Libertadores, o Flamengo também eliminou o Internacional, mas nos quartos de final da competição. Filipe Luís desviou-se do assunto.
"A única coisa que me passa pela cabeça é o jogo com o Vitória na segunda-feira. Estamos longe de conquistar títulos, longe de conquistar a Libertadores, faltam cinco jogos [até à final]. Falta uma volta inteira do Campeonato Brasileiro e falta muita coisa. Evito a comparação, claro, por mais que eu ame o Jorge Jesus, foi uma pessoa que me ensinou, um pai para mim, continuo a falar com ele. Nunca me comparem com ele, nunca façam isso. Ele é muito, muito mais treinador do que eu ainda. Muito mais experiente, tem mais títulos, história. E eu estou a começar a minha. Não cometam esse erro comigo, porque é injusto comparar um cara com a grandeza dele comigo que estou só a começar", prosseguiu.
"Bom, primeiro que não posso nunca comparar equipas passadas com a minha, são jogadores totalmente diferentes, tal como não posso colocar-me à altura do treinador que estava naquele momento, que era o Jorge Jesus. Se não é o melhor da história, é um dos melhores que passaram aqui no Flamengo. Nunca parecerei, nunca vou fazer algo parecido com o que ele fez. Vou fazer a minha história, o que eu estou aqui para fazer do meu jeito, da minha história, mas sim com esse DNA do Flamengo que eu aprendi e que eu conheço desde pequeno. E que é tentar fazer isso, amassar o adversário o máximo tempo possível. Já disse várias vezes, muitas vezes não conseguiremos, muitas vezes jogaremos mal, muitas vezes até jogaremos bem e vamos perder jogos, vamos jogar mal e ganhar", vincou.
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