O Sporting não ganhou para o susto, este sábado, na deslocação ao reduto do Nacional, para a terceira jornada da I Liga. Os leões alcançaram um folgado triunfo, por 1-4, mas os números não espelharam a dificuldade da partida.
Ao contrário do jogo com o Arouca (vitória por 6-0), os leões tiveram uma entrada em falso na partida, tendo sofrido o primeiro golo na presente edição da I Liga. Aos 3', Léo Santos inaugurou o marcador na sequência de um pontapé de canto, cobrado por Liziero.
A primeira parte dos leões resultou em 11 tentativas de golo, mas a pontaria estava longe de estar afinada. Pedro Gonçalves foi o nome do desperdício leonino, com um remate na barra e com um disparo dentro da área, travado pela coxa direita de Matheus Dias em cima da linha de golo.
A estratégia dos alvinegros estava a ser bem conseguida até ao minuto 37, altura em que o avançado Pablo Ruan viu o segundo cartão amarelo, resultando na sua expulsão, deixando a sua equipa em inferioridade numérica para o resto da partida.
No início da etapa complementar, (desaparecido até então) Luis Suárez serviu de calcanhar para o empate, apontado por Pedro Gonçalves (53').
O camisola 8 calibrou a pontaria e foi o responsável da reviravolta dos bicampeões nacionais, tendo apontado mais dois golos (76' e 90'+3) e uma assistência, para a finalização certeira de Conrad Harder (83').
Contas feitas, o Sporting somou a terceira vitória consecutiva em outras tantas jornadas, assumindo a liderança, à condição, da I Liga. O próximo jogo será frente ao FC Porto.
Vamos então as notas da partida
Figura
Pedro Gonçalves esteve ligado à corrente durante os 90 minutos. O avançado foi o mais irrequieto no ataque leonino e partiu dele a reação do coletivo na segunda parte. Foi o segundo hattrick ao serviço do Sporting, curiosamente, contra uma equipa madeirense. O primeiro foi contra o Marítimo, em Alvalade.
Surpresa
Léo Santos justificou a aposta no onze inicial. O defesa-central brasileiro respondeu de forma afirmativa à aposta de Tiago Margarido, na ausência do castigado Ulisses. Além do golo marcado, este revelou segurança no jogo aéreo.
Desilusão
Pablo Ruan acabou por 'condenar' a exibição dos seus companheiros, que tentaram resistir ao máximo ao poderio leonino. O avançado brasileiro, de 22 anos, revelou falta de experiência na forma como viu o segundo cartão amarelo, chegando tarde em Kochorashvili, quando a bola já tinha saído da cabeça do médio georgiano.
Os treinadores
Tiago Margarido
Nas bolas paradas, está a grande arma do Nacional. Foi assim que os leões sofreram o primeiro golo na presente edição da I Liga, incapazes de travar o poderio dos alvinegros nos jogo aéreo. No entanto, o excesso de agressividade resultou em mais uma expulsão, pela segunda jornada consecutiva. Com dez jogadores, fica difícil de alcançar resultados e o técnico tem de trabalhar esse aspeto com a equipa.
Rui Borges
A equipa saiu 'viva' da Madeira, mas o susto foi por culpa própria. A falta de eficácia na primeira parte deu sensação de uma possível surpresa, mas os leões souberam capitalizar a superioridade numérica. O técnico aproveitou ainda para gerir o amarelado Ricardo Mangas, de olho nesse Clássico com o FC Porto, uma vez que Maxi Araújo está em processo de recuperação a uma lesão muscular.
Arbitragem
Exibição globalmente positiva de Bruno José Costa, que esteve bem em dar o segundo amarelo a Pablo Ruan por falta grosseira à entrada da área. Na primeira parte, quis segurar o jogo, não mostrando cartões, mas os jogadores do Nacional não facilitaram a tarefa.
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