Um estudo da Escolha do Consumidor divulgado na quarta-feira revela que sete em cada 10 portugueses (70%) já têm casa própria, mas o preço elevado dos imóveis continua a ser o principal desafio (28%).
"A maioria dos inquiridos valoriza a estabilidade da casa própria, embora enfrente desafios significativos como os preços elevados, a dificuldade em obter crédito e a incerteza económica", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
A mesma nota adianta que a "habitação própria é uma realidade para 70% da população", citando dados do INE, mas o relatório "mostra que 43% já têm a casa totalmente paga e 26% continuam a pagar o respetivo financiamento".
"Por outro lado, o arrendamento continua a ser uma solução para 25% dos entrevistados. Já 5% vive em imóveis cedidos por familiares ou amigos e 1% encontra-se em outra situação, nomeadamente vive com os pais", pode ler-se na mesma nota.
Outra conclusão é que "grande parte dosinquiridos (52%) vivem com o(a) companheiro(a), enquanto 15% vive sozinho".
"A coabitação com pais ou outros familiares é referida por 17%, e 13% reside com filhos. Situações menos comuns incluem viver com amigos ou colegas (2%) ou partilhar casa com desconhecidos (1%), como no caso do arrendamento de quartos", pode ler-se.
Entre os que não têm casa própria (31%), 9% planeiam comprar um imóvel nos próximos 12 meses e 18% apontam fazê-lo num horizonte de um a três anos.
"No entanto, 33% revela vontade de comprar, mas ainda não definiram um prazo específico. Já 40% não têm, de momento, intenção de adquirir nenhum tipo de habitação. No que diz respeito ao tipo de imóvel preferido pelos consumidores, a escolha recai sobre casas, mais especificamente por moradias, representando assim 67% das respostas. Apenas 25% prefere apartamentos e 8% refere não ter preferência quanto ao tipo de imóvel", é também referido.
De sublinhar que para "quem opta por ter casa própria, os principais benefícios apontados são o sentimento de segurança e estabilidade (23%), a liberdade para realizar obras ou personalizar o espaço ao seu gosto (21%) e o potencial de investimento a longo prazo (19%)".
"Evitar aumentos de renda (15%), a valorização do imóvel ao longo do tempo (12%) e o planeamento da vida familiar (10%) são destacadas também como vantagens importantes para os inquiridos", pode ler-se.
Preço é o principal desafio
"Os maiores entraves à compra de habitação continuam a ser os preços elevados dos imóveis (28%) e a falta de dinheiro para a entrada (19%). Taxas de juro elevadas (17%) e a insegurança económica (15%) também influenciam negativamente a decisão dos consumidores, tal como as dificuldades em obter crédito (12%)", conclui o mesmo estudo.
E mais: "4% indica a falta de imóveis que correspondam às suas necessidades, 2% refere a falta de informação ou orientação e 3% aponta outras razões, como preocupações com a segurança da zona onde pretendem adquirir o imóvel, não enfrentarem dificuldades no momento ou não terem intenção de comprar já casa".
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