Em causa estão cerca de 400 trabalhadores da unidade fabril localizada nas Vendas Novas, distrito de Évora, que produzem capas para automóveis e que, segundo o sindicato, na sua larga maioria, auferem o salário mínimo nacional.
"O aumento inicialmente pedido pelos trabalhadores era de 150 euros, mas a empresa recusa esse valor e insiste em aplicar apenas o aumento definido na tabela do setor do vestuário", afirmou à Lusa Cristina Pereira, dirigente do sindicato SINTEVECC Sul.
Segundo a sindicalista, os trabalhadores estão a enfrentar "grandes dificuldades para fazer face ao aumento do custo de vida", com destaque para os preços da habitação e da alimentação.
O sindicato acusa a empresa de se recusar a negociar o caderno reivindicativo apresentado pelos trabalhadores e denuncia uma situação de "pobreza laboral", exigindo que a ANIVEC-APIV recomende à empresa a abertura de um processo negocial.
"O setor do vestuário continua a pagar salários muito próximos do mínimo nacional, desvalorizando as profissões e a dignidade do trabalho neste setor tão relevante para a economia", refere o sindicato em comunicado.
A entrega do abaixo-assinado está marcada para as 11:30 de terça-feira, na sede da ANIVEC-APIV, na Avenida da Boavista, no Porto.
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