Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,14, ao contrário dos outros índices mais emblemáticos da praça, que inclusive fixaram novos recordes no fecho.
Com efeito, o tecnológico Nasdaq avançou 0,33% e o alargado S&P500 subiu 0,02%.
Angelo Kourkafas, analista da Edward Jones, mencionou "uma reação mais moderada do que mitigada" ao anúncio do acordo entre EUA e UE, em declarações á AFP.
Na sua opinião, ocorreu a receção de "uma boa notícia esperada", sobre a qual "Grande parte já tinha sido antecipada pelos investidores na sexta-feira".
Donald Trump e Ursula von der Leyen apresentaram no domingo, na Escócia, os contornos do acordo alfandegário, que prevê uma taxação de 15% das exportações europeias para os EUA.
Além das taxas alfandegárias com que se comprometeu, a UE também vai comprar energia no montante de 750 mil milhões de dólares e investir 600 mil milhões de dólares nos EUA.
Nos próximos dias é esperada a revelação da totalidade do acordo.
Este acordo junta-se aos já conhecidos, em particular com Reino Unido e Japão.
Segundo Kourkafas, "é formidável que o anúncio destes acordos reduza a incerteza" no plano comercial, a alguns dias da data-limite (01 de agosto), a partir da qual taxas alfandegárias agravadas vão ser aplicadas às importações dos EUA.
"Mas ao mesmo tempo (...) existem numerosos catalisadores potenciais de volatilidade, o que explica porque os investidores estão mais prudentes com a aproximação da semana mais carregada do verão para os mercados", desenvolveu.
No caso dos indicadores, vai ser conhecido na terça-feira o relatório sobre o emprego nos EUA, uma primeira estimativa do produto interno bruto dos EUA relativo ao segundo trimestre na quarta-feira e o índice PCE, sobre as despesas de consumo pessoais, privilegiado pela Reserva Federal (Fed) para aferir a variação dos preços, na quinta-feira.
Também na quarta-feira, os investidores vão estar atentos à conclusão do comité da Fed para a política monetária, momento em que esperam que seja divulgada a decisão de manutenção da taxa de juro de referência, no intervalo entre 4,25% e 4,50%.
Para o dia cauteloso de hoje também terá contribuído o facto de ser "necessário um período de consolidação, depois de uma série de sessões em alta, relativizou Angelo Kourkafas. Como acentuou: "Não esqueçamos que os mercados não evoluem em linha direita".
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