Em comunicado, citado pela AFP, a companhia aérea irlandesa ameaçou ainda continuar a redirecionar os seus voos para destinos mais "competitivos", como a Suécia, a Hungria e a Itália.
Para o próximo inverno, a Ryanair planeia, assim, reduzir a sua capacidade em França em 13%, ou seja, menos 750.000 lugares, cancelar 25 rotas e interromper os serviços para aqueles três aeroportos regionais.
"Esta decisão surge depois de o Governo francês não ter revertido o aumento excessivo do imposto aéreo, que foi aumentado em 180% em março de 2025", explicou a companhia liderada por Michael O'Leary.
O imposto de solidariedade sobre os bilhetes de avião (TSBA) aumentou de 2,63 euros para 7,4 euros, em voos domésticos ou voos para a Europa.
"Este imposto astronómico torna a França menos competitiva em comparação com outros países da UE, como a Irlanda, Espanha ou Polónia, que não cobram qualquer imposto aéreo", realçou a Ryanair.
O Sindicato dos Aeroportos Franceses (UAF) alertou para o risco de as companhias aéreas de baixo custo, que representam mais de 99% dos negócios em Beauvais (norte de Paris), Carcassonne, Béziers e Nîmes (sul), se afastarem de França devido ao aumento deste imposto.
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