Em comunicado, a companhia aérea diz que o aluguer das aeronaves visa responder à crescente procura por serviços de aviação a nível nacional e regional, impulsionado pelos megaprojetos de eletricidade, petróleo e gás, e pela indústria do turismo, fazendo parte do seu plano de investimentos.
O concurso, refere ainda, está aberto a "todas as empresas nacionais e estrangeiras interessadas" no procedimento, a decorrer até 22 de agosto, através de licitação "para aluguer de curta duração de até cinco aeronaves", em regime de 'wet lease', ou seja com as aeronaves totalmente operacionais, incluindo tripulação, manutenção e seguro.
A LAM está envolvida num profundo processo de reestruturação, que se segue a anos de desinvestimentos e problemas operacionais.
O Instituto de Gestão das Participações do Estado (Igepe) moçambicano anunciou em 13 de maio o afastamento da administração da LAM e a nomeação de uma comissão de gestão presidida por Dane Kondic.
A decisão foi tomada em assembleia-geral extraordinária da LAM, no "âmbito do processo de revitalização" da companhia aérea estatal, tendo sido também aprovada a nomeação de um conselho de administração não executivo, composto por representantes das três empresas estatais que este ano passaram a ser acionistas da LAM, Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose).
A consultora Knighthood Global, igualmente contratada pelos acionistas para assessorar a reestruturação, assumiu em maio que tem três meses para "estabilizar e reposicionar" a LAM, explicando então que foi "nomeada pelo Governo de Moçambique para ajudar a revitalizar" a companhia e "o setor da aviação em geral do país", tendo lançado em junho um concurso para contratar até cinco Boeing 737-700 para a transportadora aérea moçambicana.
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