Wall Street fecha em alta impulsionada pela Apple e novas tarifas na mira

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, beneficiada pela 'febre' da Apple, após o anúncio de um investimento em massa nos Estados Unidos, na véspera da entrada em vigor de uma nova vaga de tarifas norte-americanas.

Apple to relase their earnings report

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Lusa
06/08/2025 22:34 ‧ há 2 horas por Lusa

Economia

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Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 0,18%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,21%, e o S&P 500, mais abrangente, ganhou 0,73%.

 

Num mercado "em plena expansão", os investidores "esqueceram-se temporariamente das flutuações comerciais e dos dados económicos", observou José Torres, da Interactive Brokers.

A gigante tecnológica Apple (+5,09%, para 213,25 dólares) foi o centro das atenções após o anúncio, através de notícias nos media e confirmado à agência France-Presse (AFP) por um alto responsável da Casa Branca, de que a empresa iria aumentar os seus investimentos previstos nos Estados Unidos em 100 mil milhões de dólares.

No total, os compromissos totalizarão 600 mil milhões de dólares ao longo de quatro anos. O anúncio oficial deverá ser feito ainda hoje, na presença do Presidente dos EUA, Donald Trump.

"Ao anunciar publicamente um investimento nacional com Donald Trump, reduz-se a probabilidade de o presidente dos EUA impor novas tarifas à Apple", considerou Christopher Low, da FHN Financial, à AFP.

O grupo com sede na Califórnia estimou os custos gerados pelas tarifas norte-americanas em 1,1 mil milhões de dólares neste trimestre, além dos 800 milhões de dólares registados no trimestre anterior.

Além disso, segundo Christopher Low, "a Apple está atrasada na corrida à inteligência artificial (IA)", um setor crucial para a tecnologia americana, e "parte desse investimento geral" em solo americano visa precisamente preencher essa lacuna.

O analista acrescentou que, na ausência de dados económicos significativos, o mercado bolsista norte-americano está a beneficiar de uma época de resultados que até agora tem sido considerada boa, tanto em termos de lucros como de projeções.

"Isto sugere que as tarifas ainda não reduziram significativamente as margens e que há algum espaço para as empresas se manterem rentáveis enquanto lidam com as sobretaxas tarifárias", sublinhou Low.

Wall Street não se deixou abalar pelo anúncio de uma tarifa adicional de 25% dos EUA sobre um grande número de produtos indianos, além da tarifa de 25% existente que entraria em vigor na quinta-feira, justificada por Washington com as compras de petróleo russo.

A menos de 24 horas da implementação das tarifas que visam a maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, Christopher Low observou uma forma de habituação por parte dos investidores em relação à política protecionista de Donald Trump.

A gigante de semicondutores Advanced Micro Devices (AMD) caiu hoje acentuadamente (-6,42% para 163,12 dólares), após ter reportado resultados mistos. Os investidores ficaram desapontados com o desempenho do grupo nos seus 'data centers'.

A Snap, empresa-mãe do Snapchat, caiu a pique (-17,15%, para 7,78 dólares), prejudicada pelo desempenho trimestral abaixo das expectativas, sobretudo no segmento da publicidade.

A cadeia de 'fast food' McDonald's também apresentou uma procura elevada (+2,98%, para 307,66 dólares), após resultados do segundo trimestre mais ou menos em linha com as expectativas do mercado, com a receita a beneficiar de novos itens no menu e promoções para tentar atrair novamente clientes de baixo rendimento.

Leia Também: Wall Street fecha em baixa

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